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    Uma excelente reflexão sobre o tipo de evangelho que
    tem sido pregado hoje, com Juliano Son do Ministério Livres para Adorar

Obrigado pela sua visita! E não deixem de comentar os artigos!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Refletindo a Glória de Deus

Por Rina

Segundo a Bíblia, Deus escolheu a sua igreja para refletir como espelho a sua glória, a sua luz sobre a humanidade.

Nós temos como missão ser reflexo da imagem de Deus na terra, mas um dos maiores problemas em nossos dias é a dificuldade em proteger a integridade da igreja.

Falhamos ao cultivar uma imagem cristã totalmente distorcida, querendo parecer algo que não somos, quando agimos com hipocrisia, fingindo espiritualidade, usando máscaras. Isto é um problema sério, porque faz com que a igreja venha perdendo seu crédito junto à sociedade, gerando desconfiança nas pessoas.

Mas Deus está trabalhando para mudar este quadro, o Espírito Santo está nos compungindo a agirmos com legitimidade, retidão e verdade em nosso relacionamento com Deus.

Deus vai passar sua igreja pelo fogo, porque o caráter verdadeiramente cristão precisa ser forjado, precisamos dos chacoalhões de Deus para resgatar valores.

Você age conscientemente fingindo ser uma coisa que não é? Você procura ser visto como alguém melhor do que é?

A Palavra de Deus corta como espada de dois gumes (Hebreus 4:12"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração"), mas estes cortes no mais profundo do nosso ser, são para discernir os propósitos do nosso coração e para o nosso bem.

Na verdade Deus está procurando pessoas sinceras, verdadeiras, que queiram “ser” antes de apenas “fazer”.

Gálatas 2.11-14
"Quando, porém, Cefas (que é Pedro) veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?"


É muito fácil cair no erro da hipocrisia. Aconteceu com Pedro, e isso em meio a um avivamento.

Sabemos que Jesus cumpriu seu ministério obedecendo aos propósitos do Pai, voltou para o Pai, mas deixou uma missão. Apesar dos primeiros cristãos, cerca de dez mil, terem sido judeus, começando pelos apóstolos, muitos deles não O receberam como judeu, e era necessário que o Evangelho fosse pregado aos gentios.

Em Atos 10:9-16, Pedro tem uma visão de um lençol descendo do céu com animais que os judeus consideravam impuros, mas Deus lhe diz: O que Deus purificou não considere impuro.

No mesmo momento um homem chamado Cornélio, centurião da corte italiana em Cesaréia, orava buscando a Deus e Pedro é enviado até sua casa, prega o evangelho. Cornélio e os seus aceitam e com isso, se dá o início da pregação aos gentios, levando salvação em Cristo e herança em Deus. (Atos 10:45-48"E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias").

Numa ocasião Pedro estava comendo com os gentios, mas quando chegaram alguns judeus ele se afastou, com receio deles, mesmo depois do que Deus lhe mostrou. O temor de Pedro em relação aos homens foi maior que o temor a Deus, e Paulo o confronta por esta atitude, e fez isto face a face. Pedro agiu com hipocrisia, se preocupou mais em ficar bem com todos do que em obedecer a Deus, independente do que isto pudesse lhe causar.

O mundo está precisando de pessoas sinceras. O mundo clama por pessoas sinceras. Uma pessoa de Deus tem que aliar carisma e caráter. Não importa para Deus em quantas coisas eu estiver envolvido, se eu não for sincero eu não serei luz, mas pedra de tropeço. Mesmo que haja unção, com sinais sobrenaturais, um só ato de desonestidade pode colocar tudo a perder, anulando o fruto do ministério e da unção na vida do cristão.

Não importa que você tenha convivido com hábitos desonestos na vida, com pessoas próximas que deram mau exemplo, deixe estes hábitos e instrua seus filhos na Palavra desde pequeninos, pois temos o costume de achar bonitinho até mesmo os erros das crianças, e isto é perigoso.

Outro exemplo ocorre no mundo dos negócios, as pessoas contam mentiras das mais variadas para poder fechar negócios, efetuar vendas, sendo que poderiam vender mesmo sem fazer isso.

Isto é pecado! mas chega um momento no qual Deus acende a luz vermelha e você começa a ficar incomodado, é a hora que Deus fala: pára, muda, senão vai haver conseqüências para os seus erros.

Não deixe fundir o motor de sua vida! Há um alerta de Deus? Mude de atitude, desperte!


CARACTERÍSTICAS DE ALGUÉM SEM INTEGRIDADE:

1. “Está sob um manto de condenação”


Por mais que ela saiba que Deus é amor, misericórdia e graça, ela se sente constantemente condenada por Deus, desligada de Deus, com um peso de acusação, sem paz com Deus.

A não ser que se conserte, que se arrependa, que confesse, pois mesmo indo ao culto e ofertando, ela sabe que Deus não está aceitando aquilo.

2. “Age com base no medo”

Como Pedro fez, quer agradar a todos, evitando confronto e se molda ao que o momento exige. O comportamento varia conforme os interesses. Evita confronto para não trazer problemas de relacionamento, se preocupa com o que um e outro vão pensar, sem personalidade.

3. “Arrasta outros consigo”

Gálatas 2:13 “E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles”.

Até Barnabé, homem de Deus, experiente, que viajou com o próprio Paulo, se deixou levar pela influência de Pedro, porque quem não tem integridade se sente melhor levando outros junto, para dar moral e cobertura ao erro. Influência negativa, mentira, engano e veneno.

4. “Está num caminho de erro”

Gálatas 2:14 “Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho...”.

A hipocrisia reconstrói hábitos antigos removidos na conversão, coisas que você abriu mão quando se converteu, para se tornarem coisas escondidas debaixo de uma capa religiosa.

Gálatas 2.18 “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor”.

Se eu reconstruo o que destruí no passado, eu provo que sou um transgressor.

5. “Anula a graça de Deus”

Gálatas 2.21 “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”.

Paulo quer dizer que se Pedro voltasse ao legalismo ele iria virar um escravo, pensando em agradar pessoas, e não estaria mais debaixo da graça.

6. “Fica anestesiada”

Não consegue reagir! Por um tempo é até possível pessoas se enganarem, se equivocarem, mas chega um momento que a tolerância vai acabar, porque pode se tornar rebeldia declarada.

Atos 17.30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”

7. “Vai perder tudo”

Gálatas 3.4 “Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão”.

Paulo está dizendo: tudo o que vocês sofreram não adiantou nada? Os erros do passado não vão te ajudar a acertar no presente? Você está disposto a colocar tudo a perder? Vai jogar tudo pro alto?Você chegou até aqui para perder tudo? Tudo por causa do fingimento, do engano e da religiosidade.


CARACTERÍSTICAS DO ÍNTEGRO:

1. “Fala a verdade doa a quem doer”


Custe o que custar! Fala a verdade, diz o que tem que ser dito.

Mateus 5.37 “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”

Não prometa o que não vai cumprir. Dê satisfação, cumpra suas obrigações.

Lutas e fases difíceis acontecem, mas saia com dignidade delas. Deus perdoa seus pecados, mas você tem que assumir suas dívidas, sem essa de “Deus lhe pague!”

2. “Tem motivos puros”

Tiago 3.17 “A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.”

3. “Protege a imagem que projeta”

Mas não é marketing pessoal não! Está na hora da igreja começar a se preocupar com a imagem de Jesus que ela projeta na sociedade.

Cuide de sua imagem, nesse caso imagem é tudo. Não da imagem carnal, mas da imagem de Jesus na sua vida.


VENCENDO A HIPOCRISIA!

Saia dessa situação o mais rápido possível. Como? Com as seguintes atitudes:

1º) “Encontre um confrontador”

Não se isole, a pior coisa é se isolar e não ter quem ministre sua vida, quem aponte seus erros. Pedro teve Paulo, Davi teve Natan, todos nós precisamos ser confrontados.

2º) “Seja seguro e convicto”

Não tente agradar todo mundo. Na vida cristã não tem café com leite. Ou você anda com Deus ou não anda.

3º) “Mantenha distância de hipócrita”

Hipocrisia contagia, contamina. É pior do que gripe. Como vimos em Gálatas 2:13, até Barnabé entrou no jogo de Pedro. Hipocrisia é pecado, é veneno espiritual.

4º) Quesito fundamental: “Seja íntegro e não tenha nada com a hipocrisia”
Deus os abençoe!


Ap. Rina
Igreja Evangélica Bola de Neve
www.boladeneve.com

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

A qual Jesus você serve?


Por Leonardo Gonçalves


Imagem extraída em: mataleonebr.blogspot.comCada vez fica mais evidente a diferença entre aquilo que Cristo pregou e viveu, e aquilo que os seus discípulos pregam e vivem. Muitos “seguidores” de Cristo parecem ignorar diversos fatos da vida do Mestre, dando a clara impressão de servirem a outro Jesus, que não é o da Bíblia.

Vemos os “discipulos” da atualidade ensinando uma religião hedonista, onde Cristo não é o salvador da alma, e sim o salvador “da pele”. O objetivo principal dessa religião não é ser salvo ou agradar a Deus, mas desfrutar de todas as benesses de uma vida religiosa. Promete-se uma vida de abundante felicidade e isenta de enfermidade ou dor, um oceano cor-de-rosa! Não há nele qualquer menção ao sofrimento, afinal, os filhos de Deus não sofrem nunca, e jamais serão pobres: “Nosso Deus é o dono do ouro e da prata” (Ag 2:8)"Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos", dizem, ignorando completamente que esse ouro é dele, e não nosso. A dissonancia desse Cristo triunfalista é obvia: Jesus nos chamou para servir a ele, e não para servir-se dele. Ele disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e siga-me” (Mc 8:34)"E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me". E no tocante ao seu reino, ele foi bastante sincero ao dizer que o seu “reino não é deste mundo” (Jo 18:36)"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui". Aqueles que pregam um cristianismo hedonista dizem que ninguém jamais saiu triste da presença de Jesus, pois ele sempre correspondeu às expectativas dos seus seguidores. Eles ignoram o caso daquele jovem rico, que ao ter seu coração descoberto e sua avareza desvelada, se afastou de Jesus, e saiu triste (Mt 19:22)"E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades". Evangelho não são benesses temporais, mas uma vida atemporal, no céu. Não é satisfação para os nossos prazeres, e sim a mortificação da nossa carne. Aqueles que pensam que Jesus é um grande solucionador de problemas, um Silvio Santos gospel a jogar aviãozinhos de dinheiro para o auditório, estão muito equivocados. Os que assim procedem, definitivamente, não conhecem a Jesus.

Se por um lado há aqueles que pensam que Jesus é um Silvio Santos celestial, por outro há também quem pense que ele é um fariseu enfurecido cheio de raios nas mãos, pronto para dispará-los sobre as cabeças daqueles que tiverem qualquer comportamento não-religioso. O pior é que nesse exacerbado zelo, eles acabam optando por um ascetismo hipócrita, isolando-se das pessoas e vendo o mundo como um inimigo, e não como objeto do amor de Deus (Jo 3:16)"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Estes se comportam como separatistas radicais, fazem violência a individualidade humana ao impor uma série de proibições absurdas, como “não toques, não proves, não manuseies” (Cl 2:21), e se esquecem que Jesus não foi um abitolado que se escondia das pessoas por medo de se contaminar: ele comia com os publicanos pecadores, participava de festas (Jo 2:1)"E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus", e abriu seu ministério com um milagre sem igual: transformou 600 litros de água em vinho da melhor qualidade! Mas acontece que os neo-fariseus passam de largo por estes textos, preferindo uma fé míope e legalista, do que viver a plena liberdade que Cristo nos oferece. Para os tais, um Cristo que bebe vinho, come com pecadores e é amigo de prostitutas, definitivamente é carta fora do baralho. Aliás, a propria menção da palavra “baralho” é suficiente para provocar-lhes escandalo!

Olho para ambos grupos com uma profunda tristeza em meu coração, pois percebo que nenhum deles compreendeu ainda a essência do evangelho. Como é difícil a moderação! Qualquer que seja a época, a tendencia da igreja (instituição) é sempre polarizar: ou fundamentalista, fariseu e xiita, ou libertino, hedonista e leviano. O bom senso, velho árbitro da moralidade, está em falta na prateleira do mercado religioso. Contudo, o mais deprimente é ver que ambos grupos não conhecem a Jesus. Eles dizem conhecê-lo e até serví-lo, mas na verdade eles adoram um ídolo. Sim, um ídolo forjado por eles mesmos, uma divindade de Edom, feita sob medida para satisfazer suas concupiscências e prazeres mundanos. Ou um outro totalmente diferente, mas igualmente destrutivo, uma divindade xiito-farisaica, produto de uma consciência culpada que deseja comprar o favor de Deus mediante sua pseudo-santificação; santificação esta que está muito mais relacionada ao corte de cabelo e com as vestimentas, do que com o caráter, pensamentos e atitudes de Cristo. Ambos pisam a graça divina, pois se o hedonista não pensa nas coisas espirituais e anela um céu na Terra, o legalista deseja até morar no céu, mas não está disposto a confiar na graça barata, na graça de graça: ele quer pagar o direito de piso. Simonista, ele espera comprar o Dom de Deus mediante a observância de certas práticas que, “apesar de parecerem sábias, uma verdadeira demonstração de humildade e disciplina, não tem nenhum valor para controlar as paixões que levam à imoralidade” (Cl 2:23).

Contrastando com o Jesus fariseu e com o Jesus libertino, está o Jesus bíblico. Olvidado e desprezado, já quase não figura nos púlpitos do nosso país. Cada vez mais me convenço de que o Brasil ainda é um campo missionário, pois apesar do assombroso crescimento dos cristãos evangélicos, apenas uma pequena parcela demonstra conhecer o Cristo da bíblia, o qual é “uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo” (Rm 9:23;"Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou" 1Pe 2:8)"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". Muitos tropeçam, se escandalizam e caem, mas a Providência de Deus afirma: “Quem crer nele não será confundido” (Rm 9:33), e é por isso que, por mais que me apresentem um outro Cristo, e ainda que esse Cristo genérico faça chover milagres do céu, não abro mão das minhas convicções. Eu sei em quem tenho crido. Eu cri no Cristo. Jamais poderão me confundir!


Leonardo Gonçalves
Fonte: www.pulpitocristão.com

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Estranho Amor de Deus

Por Steve Brown

Fico constantemente confuso com a estranha forma como Deus escolhe seus amigos.

Deus faz algumas escolhas as quais considero muito engraçadas, ou seja, escolhas que eu não faria necessariamente. Veja, sempre pensei que Deus tinha uma casa enorme na qual as pessoas que o obedeciam poderiam morar, louvar e ter comunhão. Do lado de fora ficariam as que não o obedeciam. Eu, é claro, entraria porque sempre fiz a vontade Dele, ou pelo menos tentava fazer. Achei que minha sinceridade fosse o passe para entrar. Mas eu estava errado.

Deus disse a Moisés em Êxodo 33:19: “Diante de você farei passar toda a minha bondade, e diante de você proclamarei o meu nome: O Senhor. Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão.” Em outras palavras, Deus escolherá seus amigos e ponto final.

Isso sempre me incomodou. Sou provavelmente tão religioso quanto alguém que você já conheceu. Talvez até mais. Dou aula de religião em um curso de pós-graduação. Fico em pé diante de milhares de pessoas e falo sobre assuntos religiosos. Escrevo livros religiosos, faço seminários e programas de rádio religiosos. Sou muito religioso.

O que me incomoda é que Deus escolhe amar pessoas que não são religiosas, ou que não são tão religiosas quanto eu. Tenho aprendido que Deus faz, de acordo com o meu julgamento, escolhas estranhas. Ele ama pessoas as quais detesto e tem misericórdia de pessoas das quais eu jamais teria. Ele move seu Espírito para além de instituições religiosas e faz amizade com pessoas de quem eu nunca seria amigo.

Whoopi Goldberg, que diz não acreditar em Deus, não é uma de minhas pessoas preferidas. Mas você assistiu ao filme Mudança de hábito? É sobre uma mulher, cantora de boate, que está fugindo de ladrões que querem matá-la. O que faz desta fuga algo único é o fato de que ela se esconde em um convento católico romano. A cantora então se veste como freira, torna-se a regente do coral e ensina as demais freiras a cantar músicas mais animadas e divertidas do que as que geralmente cantavam no convento.

O que me chama a atenção nesta história é que no início do filme a igreja do convento é velha e cheia de pessoas idosas e muito religiosas. Uma vez que a cantora/freira começa a dirigir o coral, no entanto, pessoas marginalizadas (prostitutas, viciados e outras personagens estranhas) começam a entrar na igreja, lotando-a.

Quando vi esta cena pela primeira vez, comecei a chorar (Quase nunca choro. Sou homem, entende?). Minha esposa estava comigo e seu olhar me dizia claramente: “Pare com isso! Isto é uma comédia. Você não percebe que todos no cinema estão rindo e você está chorando? Vou sentar em outro lugar e fingir que não lhe conheço.”

No entanto, eu não conseguia parar de chorar. Quando o filme acabou, questionei a Deus a respeito da minha reação peculiar e senti que a resposta dele dizia que era a ação de Deus. Ele estava falando comigo naquela cena.

Reclamei dizendo: “Mas Senhor, Whoopi Goldberg? Por que o Senhor não falou comigo através do Billy Graham ou do papa?” Não tive resposta.

Constantemente sonho que estou em casa, enfim, no céu, sentado à mesa do Senhor para a ceia de casamento do Cordeiro. Todo tipo de pessoa está presente. O clero está lá, alguns líderes da igreja e até um ou dois pastores televangelistas. Mas quando olho a minha volta, vejo aqueles que cometeram adultério no passado, vejo mentirosos e ladrões. Existem garotos e garotas de programa, cobradores de impostos e bêbados. Também vejo alguns que já foram homossexuais, viciados em sexo e ex-glutões. E, francamente, fico chocado.

Então, no meu sonho, ouço uma voz vinda do trono e palavras direcionadas a mim. É a voz Deus, que me pergunta: “O que você pensa que está fazendo aqui?”. Acho que ele está brincando comigo, mas não tenho certeza. Geralmente acordo antes de descobrir.

Costumava pensar que o amor de Deus poderia ser logicamente explicado e mensurado. Agora compreendo que o amor de Deus é muito mais profundo do que podemos tentar conceber.

Houve um tempo em que eu tinha certeza de que podia explicar e defender Deus. Descobri, no entanto, que ele está além da explicação e que não precisa de defensores. Ele estava muito bem antes de eu chegar, e ficará muito bem depois que eu for embora. Mas, por alguma razão, este grande, assustador e confuso Deus que escolhe amigos estranhos escolheu me amar. Vejo seu amor em tudo, sem exceção. A questão não é: “Onde está o amor de Deus?”, mas sim “Onde não está o amor de Deus?”.

Steve Brown

é professor do Seminário Teológico Reformado
em Orlando – Flórida, Estados Unidos,
e pode ser ouvido em seu programa de rádio
na Key Life (www.keylife.org)

Fonte: www.cristianismohoje.com.br

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Apredendo com James T. Kirk

Por Michelson Borges
Nome original: Lições do Capitão Kirk

Aproveitando o lançamento do novo filme da sérieJornadas nas Estrelas, o portal Terra publicou interessante artigo sobre as qualidades de liderança do lendário capitão Kirk. Eis aqui algumas das que julgo mais relevantes:

1. Nada é mais importante do que sua nave.

De todas as suas características, a mais marcante era a paixão que o Capitão Kirk sentia pela Enterprise e sua tripulação e isso nunca o tirava da rota. Se você tem uma missão, pegue-a com as duas mãos, proteja sua equipe, cobre resultados e faça por merecer a responsabilidade que depositaram em você.

2. Tenha amigos com opiniões diferentes.
Kirk formava com o frio Sr. Spock e o emotivo Dr. MacCoy um trio de primeira qualidade. Grande parte das decisões tomadas era avaliada pelos dois consultores, obviamente com visões totalmente ímpares. Isso é ótimo para poder pesar os prós e contras de questões importantes e enxergar diferentes aspectos de uma mesma questão. Arrume os seus.

3. Só que quem manda na nave é você.
Se seu cargo é de chefia, espelhe-se em James Tiberius Kirk. Ele até podia pegar opiniões diversas, mas a palavra final era dele. A responsabilidade da decisão também.

4. Respeite seu inimigo.
O Capitão podia ser terrível com seus inimigos, fossem eles Klingons, Romulanos ou terráqueos poderosos como Khan, mas nunca os subestimava ou os considerava menos que ele. Na realidade, seu senso de justiça acabava até fazendo com que até o mais feroz nêmeses o admirasse.

5. Temperança e agressividade fazem um bom líder.
Em um dos melhores episódios da série clássica, "O Inimigo Interior", Kirk é dividido em duas partes, seu lado calmo e passivo e o lado agressivo e emocional. Nenhum dos dois consegue tomar uma decisão importante porque o primeiro quer agradar a todos e o segundo só se descontrola. O que leva Spock a compreender que um líder de verdade sabe pesar e combinar essas duas facetas: compreensão e firmeza.

6. Se tiver que fazer algo bem feito, faça você mesmo.
O cara podia ser o capitão da nave mas não hesitava em descer em planetas com uma arma phaser na mão, se enfiar em tubos Jefferies (aqueles tubos internos para os engenheiros da nave) ou programar ele mesmo um computador. Não é porque você tem a direção das coisas que deve ficar apenas sentado dando ordens. Mostre à equipe que você faz parte dela.

7. Transforme seus defeitos em qualidade.
Todos hão de convir que William Shatner era um ator ruim de doer com seu jeito pausado e dramático de interpretar, sendo zombado até hoje por inúmeros comediantes. Mas foram essas deficiências que imprimiram a marca no ator e em seu personagem e os tornaram tão famosos. Só não faça como ele e tente dirigir um filme ou gravar um disco com sucessos como Mr. Tambourine Man pois aí seus defeitos podem realmente aparecer por completo.


Michelson Borges
Fonte: criacionista.blogspot.com

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quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Sexo e o Relacionamento

Título original: A insatisfação de relacionamentos apenas sexuais
Por Esther Carrenho


Vivemos numa época em que tudo que se refere à vida sexual é ventilado de forma clara e explícita, pelo menos nas grandes e médias cidades.

O relacionamento sexual é mostrado em todos os seus detalhes em filmes e novelas, principalmente nas preliminares e durante o ato, de tal forma que a mãe natureza nem precisa mais de esforço para que um adolescente aprenda a praticar uma relação sexual. É a qualquer hora do dia ou da noite. As crianças de cinco anos, ou até menos, já são estimuladas a conquistarem alguém para namorar e beijar na boca. Os pais cooperam comprando presentes no Dia dos Namorados para que seus filhos ainda tão pequenos presenteiem os seus namorados. Tudo é válido para a descarga da energia sexual. Basta estar a fim. Pode ser a namorada do amigo, a mulher do vizinho, o colega da escola, o companheiro de trabalho ou qualquer pessoa encontrada nas baladas e que tenha “rolado o clima”. E hoje, não sei se Freud poderia concluir que uma das causas, ou a principal causa das neuroses seria a repressão sexual, que era abrangente e real no seu tempo. Há o esforço de uma boa parte dos meios de comunicação – escrita, falada, televisionada e virtual – para que se aceite e até legalize, os relacionamentos homossexuais. E isto sem mencionar outros tipos de busca de envolvimento sexual, como a pedofilia, que felizmente é reconhecido pela lei como crime, e há o empenho da população em denunciar este tipo de crime e das autoridades em punir os adultos envolvidos.

Pode-se supor que por causa de tanta liberdade sexual haja mais satisfação fisiológica e contentamento na vida entre os parceiros sexuais. Puro engano. Pelo menos não é o que ouço e nem o que vejo na maioria das pessoas com quem tenho algum contato. Pelo visto, a matemática neste campo não é lógica: sexo demais, prazer de menos! Isto me lembra o filme sobre o livro O Amor nos Tempos do Cólera, no qual o ator principal Javier Bardem, interpretando o personagem Florentino Ariza, esperava ano após ano a possibilidade de se casar com sua amada, a Fermina Daza, interpretada por Giovanna Mezzogiorno. Enquanto esperava praticava sexo, intensa e diversamente, ia contando cada parceira, até que chegou a 622 mulheres.

Quando, finalmente, com mais de 70 anos, conseguiu se relacionar sexualmente com a sua eleita que enviuvara, experimentou uma satisfação que jamais havia sentido em todos os seus relacionamentos vividos.

Honestamente, não estou preocupada com os aspectos legais de uma parceria. Até porque, para as leis brasileiras, parceiros que provarem que vivem uma união estável por determinado número de anos são considerados casados da mesma forma como os que estão legalmente. Mas quero levantar a questão do “tem clima então vamos em frente”. Penso que isto é coisa de “cio” e portanto pertence ao mundo dos animais. Se agirmos instintivamente, como agem os animais, também teremos apenas a satisfação instintiva: apenas fisiológica. Então, é claro, que algum prazer há. E quem sabe até haja muito prazer, mas poderia haver junto com o prazer do corpo, também, um contentamento na vida, a meu ver misterioso e inexplicável, quando o envolvimento sexual acontece dentro de um relacionamento onde exista o amor genuíno e comprometido pelo outro. Onde há a conquista e quem sabe até uma boa dose de sedução; a intenção, o preparo e a disposição de entrega do corpo ao outro. Relação sexual dentro de um relacionamento assim vai além da simples penetração. Inclui o interesse pela pessoa, o respeito pelos seus gostos e suas opiniões, a promoção para que o outro se realize; o apoio para que o mútuo entre os dois seja bem-sucedido. Inclui o acordar na mesma cama, o café juntos, pelo menos uma vez ou outra quando os compromissos permitem; enfim, inclui o caminhar pela vida, às vezes cuidando do “meu”, mas às vezes cuidando do nosso!

Para viver algo assim é preciso a conscientização de que há prazeres na vida além dos já mencionados que envolvam os órgãos genitais e o relacionamento sexual. Por alguma razão, talvez a educação recebida ou vícios adquiridos, muita gente foca todo e qualquer prazer na vida sexual. Então toda a energia é canalizada para buscar satisfação nesta área em detrimento de todas as outras áreas que também trazem prazer e satisfação ao ser humano. E nesta busca se sacrifica os próprios valores, se ignora a variedade de satisfação disponível ao ser humano e a vida passa a ser uma eterna necessidade de buscar preencher a lacuna do contentamento e da satisfação mais plena, apenas com o prazer experimentado no campo sexual que pode ser agradável, mas de curta duração.

Ainda quero mencionar os casos chamados de “compulsivos”, que são viciados em sexo e se relacionam sexualmente com qualquer pessoa, em qualquer lugar buscando alívio nos relacionamentos genitais, algumas angústias e ansiedades que não foram resolvidas na vida. Nestes casos, nem há o prazer sexual; o que acontece é apenas o alívio da sensação de angústia que é adiada por algum tempo até aparecer novamente como sinal de que algo precisa ser visto e tratado na vida, e jamais será resolvido pela busca desenfreada por sexo.

Na carta que Paulo mandou para os cristãos de Éfeso, ele se refere ao prazer sexual entre um homem e uma mulher como o mesmo mistério que existe entre Deus e seus seguidores. Só aqui já temos garantido que além do prazer sexual existe também o prazer da aventura e da experiência na fé. Mas, para o prazer da prática da espiritualidade é preciso disponibilidade e desejo de buscar o que está além da compreensão humana e atinar com a presença do Sagrado disponível para os que quiserem. Para os demais prazeres da vida é preciso o aprendizado e o despertar de todos os órgãos do sentido para perceber as sensações amorosas no cotidiano da vida. E quem quiser experimentar toda a intensidade do prazer misterioso de se relacionar sexualmente, tem que sobrepujar também o comportamento dos animais, e antes de qualquer coisa, aprender a amar genuinamente a pessoa escolhida como parceiro ou parceira, ao mesmo tempo em que se interessa pelo corpo do outro e se entrega por inteiro ao prazer que a interação sexual pode dar.


Esther Carrenho
Fonte: www.cristianismohoje.com.br

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sábado, 2 de maio de 2009

Quero voltar a ser feliz!


Fui criada com princípios morais comuns.

Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.

Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração.

Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder deseducadamente à policiais, mestres, aos mais idosos ou autoridades.

Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade.

Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.

Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo que meus netos um dia temerão. Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos.

Matar os pais, os avós, violentar crianças, seqüestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade de noticiários policiais, esquecida após o primeiro intervalo comercial.

Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, são funcionários da indústria de multas.

Policiais em blitz extorquem e abusam da autoridade.

Regalias em presídios são matérias votadas em reuniões.

Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.

Não levar vantagem é ser otário; pagar dívidas em dia é bancar o bobo.

Anistia para os caloteiros de plantão. Ladrões de terno e gravata; assassinos com cara de anjo; pedófilos de cabelos brancos.

O que aconteceu conosco?

Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.

Crianças morrendo de fome!

Que valores são esses?

Carros que valem mais que abraço... filhos querendo-os como brindes por passar de ano.

Celulares nas mochilas dos recém saídos das fraldas.

Tv, DVD, video-games...

O que vai querer em troca desse abraço, meu filho?

Mais vale um Armani do que um diploma. Mais vale um telão do que um papo. Mais vale um baseado do que um sorvete. Mais valem dois vinténs do que um gosto.

Que lares são esses?

Jovens ausentes, pais ausentes. Droga presente. E o presente? Uma droga!

O que é aquilo? Uma árvore, uma galinha, uma estrela, ou uma flor?

Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo?

Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho?

Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo?

Quando foi que me fechei?

Quero de volta a minha dignidade, a minha paz. Quero de volta a lei e a ordem. Quero liberdade com segurança!

Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores! Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão.

Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha, a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho.

Quero a esperança, a alegria. Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.

Quero calar a boca de quem diz: “ a nível de”; “enquanto pessoa”.

Abaixo o “TER”, viva o “SER”!

E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã! E definitivamente comum, como eu.

Amo o meu mundo simples e comum. Vamos voltar a ser “gente”?

Discordar do absurdo.

Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base. A indignação diante da falta de ética,de moral, de respeito...

Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.

Utopia? Não... se você e eu fizermos nossa parte e contaminarmos mais pessoas, e essas pessoas contaminarem mais pessoas...

Quem sabe?...


(Autor desconhecido)

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