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    sobre o aborto
  • O entristecer e o extinguir o Espírito Santo de Deus
    Uma ótima mensagem de Takayoshi Katagiri
  • A mulher samaritana, Coca-Cola e Jesus
    Uma excelente reflexão com o Pr. Ricardo Gondim
    sobre tratar o Evangelho de Cristo como um produto e propaganda de marketing
  • Quando o sacrifício de Jesus não vale nada!
    Uma ótima reflexão com o Pr. Luiz Carlos Alves
    sobre a fé e superstições
  • Morra, para que outros possam viver
    Uma excelente reflexão sobre o tipo de evangelho que
    tem sido pregado hoje, com Juliano Son do Ministério Livres para Adorar

Obrigado pela sua visita! E não deixem de comentar os artigos!!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Hollywood, heróis e fé


Hollywood já descobriu há muito tempo que as histórias em quadrinhos têm um público fiel de ardorosos fãs e um potencial cinematográfico fantástico. Quem não se lembra, por exemplo, dos verdadeiros blockbusters baseados em quadrinhos como Superman, com Christopher Reeve, e Batman, estrelado por Michael Keaton?

Recentemente, o público pôde ver nos cinemas as trilogias do Homem-Aranha e dos X-men, os dois filmes do Quarteto Fantástico, Hulk, O Justiceiro, A volta do Superman, Homem de Ferro, Demolidor, Motoqueiro-Fantasma... Além de mais um filme do homem-morcego e um solo de Wolverine. Mas o que isso tem a ver com o Cristianismo? Muito. Afinal de contas, o ponto em comum de todos esses filmes é a eterna luta entre o Bem e o Mal, protagonizada desde o início dos tempos entre as hostes celestiais e as forças das trevas. Na verdade, as histórias em quadrinhos não são maniqueístas*, o herói podia acabar com o vilão na hora que bem quisesse, mas ele alimenta a esperança de redenção e justiça.

Desde a década de 1960, quando começaram a surgir num contexto de profundas transformações sociais e comportamentais, essas histórias trouxeram personagens cheios de contradições como qualquer ser humano, com suas angústias e desafios. Vejamos alguns casos recentes que o cinema retratou:

Homem de Ferro – Tony Stark é um multimilionário da indústria armamentista que se torna vítima das próprias armas que constrói e vende pelo mundo. Quando isso acontece, descobre que precisa mudar de vida e assume seu papel na luta contra a violência. Torna-se um mocinho, mas, a exemplo de Paulo, tem o seu “espinho na carne” – ferido em um atentado, precisa ficar constantemente ligado a um aparelho que o mantém vivo. E ainda enfrenta as constantes tentações do álcool e das mulheres.

X-Men – Os protagonistas são seres humanos que nasceram diferentes dos demais. Por isso, são perseguidos e discriminados como se fossem animais. Surgem então dois caminhos para os mutantes: ajudar a humanidade, como propõe Charles Xavier, o líder dos X-Men, ou simplesmente exterminar o homo sapiens, a sugestão de Magneto. As analogias estão ligadas ao momento de criação dos personagens. Charles Xavier representa o ministro batista e defensor dos direitos humanos Martin Luther King Jr, e Magneto encarna o perfil de Malcolm X, ativista que defendia uma luta armada.

Demolidor – O jovem Mathew Murddock perde a visão em um acidente, mas consegue potencializar seus outros sentidos e se torna um advogado (afinal, a justiça é cega, mas ele vê o que ninguém consegue enxergar). Cristão praticante, ele se veste como um demônio para atemorizar os criminosos.

Quarteto Fantástico – Mostra um grupo de amigos que sofre os efeitos de uma tempestade cósmica e desenvolvem super-poderes: força, elasticidade, invisibilidade e transformação em fogo. Mesmo possuindo dons diferentes e necessários para salvar o mundo, eles vivem brigando entre si, como fazemos em nossas igrejas.

Superman – Enviado a este mundo por seu pai, ele é adotado por um casal, dedica sua vida a salvar pessoas e cumpre uma vocação para praticar o bem. Isso lembra alguma coisa? Embora criado por judeus, o personagem retrata a figura messiânica de Jesus de forma bela, certamente de maneira inconsciente.

É por isso que o autor de Eclesiastes diz que Deus colocou a eternidade no coração do homem.

Por Natanael Gomes
Fonte:
www.cristianismohoje.com.br


*Nota: Maniqueismo é a crença de que as forças do bem e do mal são igualmente opostas e dependentes. Não há bem sem o mal e não há mal sem o bem. Idéia esta, totalmente contrária aos ensinamentos bíblicos, pois Deus é Supremo e Único e não há nada que possa se opor ao Nosso Senhor e Salvador Altíssimo e Eterno Todo-Poderoso Santo Trino Deus! Amém!

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Provérbios 3:11-12 - A disciplina

“Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem”

Como crianças que estão sempre crescendo e aprendendo, somos nós diante do SENHOR. E assim como crianças que não têm plena consciência de suas ações, precisamos, muitas vezes, ser levados ao caminho mais seguro. Deus zela por cada um de nós e quer que cada um de nós venhamos a conhece-lO como o Pai amoroso que é. Justamente por isso, Ele permite que passemos por provações, desilusões e aflições, pois este é o modo mais eficiente, ainda que doloroso, de nos fortalecer para a vida. Para cada luta há uma lição a ser aprendida e nenhuma espada pode ser forjada sem que antes passe pelo fogo e receba muitas marretadas!!!

"As correções ministradas por Deus são nossas instruções; seus açoites, nossas lições, e suas chicotadas, nossos mestres" (Thomas Brooks)

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Amigos!

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos...
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre que o amor,
eis que permite que o obleto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar,
embora não sem dor,
que tivesse morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
A alguns deles não procuro,
basta-me saber que eles existem.
E ás vezes, quando os procuro,
noto que eles não têm noção de quanto me são necessários,
de como são indispensáveis...
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
"A gente não faz amigos, - reconhecem-os!!!"


Vinícius de Moraes


Colaboração: Victor Delmondes

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"Graças a Deus pela evolução"?

Nos últimos seis anos, o "pastor evangelista" Michael Dowd tem ido de púlpito a púlpito pregando o evangelho - não, não as boas-novas da salvação através de Jesus Cristo, mas da libertação e autoridade através de Charles Darwin. O que isso significa? "[Darwin nos dá] um modo muito mais empírico de falar sobre a natureza humana do que através de histórias como a do pecado original.


"Como Yudhijit Bhattacharjee do New York Times escreve: "Explica nossas fragilidades, nossos vícios, nossas infidelidades e outras deficiências morais como subprodutos da adaptação ao longo de bilhões de anos. E isso, [Dowd] diz, tem um efeito potencialmente libertador: não importa a culpa; uma vez que entendamos nossos caminhos pecaminosos, podemos deixá-los e desempenhar um papel consciente na evolução da humanidade."

Considere Bob Miller, um octogenário cuja seqüência de infidelidades, décadas atrás, o levou ao divórcio, exatamente quando estava ascendendo à escada da corporação. Por anos Miller lutou para entender seu comportamento e as forças por trás disso. Então, em uma cruzada, Dowd veio à igreja de Miller. Lá, o Reverendo "explicou" a origem evolutiva do comportamento humano, e "Eureka!": Miller entendeu que a culpada por suas deficiências não era sua natureza caída, mas a testosterona elevada, adquirida por seu sucesso combinado. Liberto do fardo da culpa, Miller reflete: "Eu acho que a mudança física em meu corpo foi tão forte que ela subjugou qualquer ensino moral e crença religiosa que eu tive.

"Agora você compreende - a ciência explica! Não é do coração que os maus pensamentos, assassinato, adultério e imoralidade sexual vêm; é de uma lei física trabalhando em nossa química. Você se sente melhor agora?Agora Michael Dowd está vendendo seu novo livro Thank God for Evolution (Graças a Deus pela Evolução) com "Fatos que são a língua nativa de Deus". É uma boa frase de efeito! Realmente, os fatos são a língua nativa de Deus; fatos como:

• A evolução darwiniana nunca foi observada ou reproduzida mesmo em microorganismos cujos índices explosivos de réplicas garantiriam sua validade.

• Baseado no acaso, em processo não dirigido, a evolução darwiniana não têm força de predição. Conseqüentemente, a evolução darwiniana não tem contribuído para um único avanço tecnológico ou médico desde que ela foi conjeturada há 150 anos.

• A informação, como a encontrada no DNA, é conhecida empiricamente por se originar somente de causas inteligentes.

• Não tem havido tempo suficiente para o gene mais simples, muito menos para o organismo mais simples, desenvolver-se de um processo não inteligente, mesmo que sejam dados todos os ingredientes químicos necessários.

• E também há o fato da entropia, a lei universal da física que leva os sistemas a ir de mal a pior, a menos que afetados por uma aplicação racional de energia.

Mas de algum modo eu duvido que você encontrará esses fatos em Thank God for Evolution. Alguns você achará, de acordo com o autor, que são "muitas das doutrinas centrais do cristianismo - pecado, salvação, o reino de Deus, céu e inferno, Jesus como o caminho de Deus, a verdade e a vida" desempacotadas de "uma forma inegável e realista deste mundo".

Dowd representa isso, ilustrativamente, com um logo na van que ele e sua esposa usam em seu serviço "domiciliar". Ele mostra dois peixes se beijando: um com o nome de "Jesus" e o outro com o nome "Darwin".

Dowd chama sua perspectiva teológica de "criateística". Seria "cre-ateística?" Parece que sim, considerando que sua esposa, a qual ele descreve como sua "companheira de missão" seja uma ateísta.




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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Louvemos ao Senhor!

“O louvor, o sacrifício de louvor, de acordo com a própria Bíblia, é o fruto dos lábios que confessam o nome de Jesus (Hb 13:15).

Adorar a Deus é reconhecer e confessar Sua glória, Seu poder, Sua majestade, Sua magnificência, não importando o que Ele faça ou deixe de fazer. A adoração é pelo que Deus é.

Na adoração, nos humilhamos diante de Deus, reconhecemos e exaltamos a glória, majestade e poder. Às vezes mesmo sem palavras.

Na adoração nada se pede, nada se reivindica, nada se agradece. Apenas se exalta e glorifica ao Senhor nosso Deus. Apenas... se adora e se alegra pela simples presença de Deus. (Hc 3:17-19)”


Takayoshi Katagiri - katagiri@terra.com.br
Fonte:
www.montesiao.pro.br



Infelizmente, muito do que é entoado hoje nas igrejas tem apenas aparência de louvor, mas não passa de “música para ‘crente’ ouvir”. A pessoa central da adoração e do louvor verdadeiros é Deus (o Pai, o Filho e o Espírito Santo). Grande parte das músicas evangélicas da atualidade (pelo menos no Brasil) têm colocado o homem no centro da adoração! O homem é apresentado como o ser sempre vitorioso que “ordena” e Deus executa; que tudo pode conquistar; que age e acontece. Temos esquecido do conceito fundamental de nos humilhar diante de Deus e exalta-lo acima de tudo.

Um louvor verdadeiro e sincero precisa, antes de mais nada, partir de um verdadeiro adorador, alguém cuja vida diária seja de devoção ao Senhor.

Eu acredito que um culto (adoração pública a Deus) é formado basicamente de duas partes: do momento em que nós entregamos algo a Deus; e do momento em que Deus nos entrega algo. O louvor, em minha opinião, é o momento máximo da nossa entrega a Deus. Mas o que tenho notado é que neste momento, ao invés de nos entregarmos a Deus, estamos querendo que Deus se entregue a nós. Estamos transformando os louvores em petições; transformando o momento de exaltarmos a Deus pelo que Ele é, numa busca pelo que Ele pode nos oferecer. E quando não, entoamos relatos daquilo que nós conquistamos.

Já é tempo de analisarmos os hinos que usaremos para o Seu louvor. Muitas músicas são agradáveis de se ouvir, mas não estão de acordo com o evangelho de Cristo; outras são bíblicas, mas não são adequadas para o louvor, pois não exaltam ao Senhor, nem tributam a glória que é devida ao Seu Nome.

Não quero julgar o trabalho dos nossos artistas e acredito que todos os hinos têm seu espaço, desde que usados nos momentos adequados (há hinos para todas as situações), mas é importante estarmos de olhos abertos e ouvidos apurados para não roubarmos do Senhor a glória que Lhe é devida! No momento de orar, oremos; se é para ouvir, que seja com atenção; no momento de louvar a Deus, vamos, simplesmente, louvá-lO; e adorá-lO em todo tempo!

Dovaniano



“A adoração é gerada dentro do homem, onde só Deus pode ver. O louvor inevitavelmente se exterioriza, onde os homens também podem ver. Como vimos até aqui, adoração significa reverência a Deus, através de uma vida de reconhecimento e amor. Não é possível adorar sem louvar, mas é possível louvar sem adorar.


Deus disse: ‘...este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim...’

Os verdadeiros adoradores estão compromissados com Deus interior e exteriormente. A música é um veículo, um transporte para o louvor e a adoração. Louvar a Deus se torna muito agradável com o respaldo (apoio) da música. É muito gostoso expressar nosso louvor a Deus através dela. A música não é fundamental mas coopera. Ela tem sua importância.

A adoração pode conter a música, mas nem sempre a música contém adoração.”



Daniel Souza é pastor e músico
vinculado à Igreja em São Vicente/SP



Nota: Não deixe de ler também “Tudo em nome de quem? Jesus?” de Brian McLaren

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Tudo em nome de quem? Jesus?

Se um marciano visitasse a terra e observasse alguns terráqueos num culto contemporâneo ou não-tradicional, o que ele informaria ao seu planeta de origem? (Um exercício similar pode ser imaginado para igrejas mais tradicionais, se bem que os resultados seriam diferentes).

Meu amigo John, que é professor de música e não um extraterrestre, notou algo que pouquíssimos terráqueos perceberam até agora (veja seu artigo completo em inglês em http://www.anewkindofchristian/.com). Uma parcela demasiadamente grande das nossas músicas de adoração tem o foco mais sobre nós mesmos do que sobre Deus. É bem verdade que usamos as palavras “adoração, gratidão, louvor a Deus”, mas, na maioria das vezes, referimo-nos a quê? A seus gloriosos atributos e maravilhosos mistérios? A seu agir na história e seus julgamentos cósmicos? Ao fato de que resgata a viúva e o órfão, e torna livre o cativo? À maneira como humilha os arrogantes e dispersa o rico deixando-o com fome? Ao modo como faz orbitar as galáxias e embeleza as estrelas com sua luz gloriosa? Ah, não.

Ao invés disso, adoramos a Deus por nos manter próximos a ele, por nos proteger, por fazer com que nos sintamos amados, abençoados, perdoados, acolhidos e aquecidos sob o cobertor elétrico de sua segurança eternal. Nós o parabenizamos por suprir nossas necessidades de modo satisfatório. Muitas vezes quando dizemos a Deus “Você é um Deus tão bom!”, parece mesmo que estamos dirigindo palavras carinhosas a um animalzinho de estimação.

Não me causa nenhuma alegria dizer estas coisas, mas acredito que elas precisam ser ditas. Pois, em geral, quando não estamos louvando a Deus pelo quanto somos bem cuidados por ele, estamos entoando canções que nos parabenizam pela maneira tão positiva como respondemos à sua graça. Você já se deu conta do quanto nós cantamos sobre o quão apaixonadamente nós cantamos? Também falamos muito a respeito do que nós vamos fazer – geralmente no singular: “eu adorarei, eu darei louvor, eu me prostrarei etc e etc”. Uma bela e bem-intencionada canção chega a afirmar que Deus pensa “em mim acima de tudo”. Como diria meu amigo professor de música: “Perdoe-me, mas a única pessoa que pensa em mim acima de tudo... sou eu mesmo”.

Quando o problema não está no que cantamos, está no que pregamos. Sejam os sermões contemporâneos do tipo “satisfaça-as-minhas-necessidades” ou os sermões estilo “fogo e enxofre” típicos da escola mais antiga, o foco parece não abandonar o ideal de que nossas boas almas serão finalmente levadas ao céu, enquanto neste entretempo, nossas circunstâncias aqui na terra seguirão melhorando pouco a pouco. Sim, talvez eu esteja exagerando. Mas me pergunto, será que estou mesmo? Um visitante marciano poderia julgar então, que por amor aos pobres, aos esquecidos, aos alienados, à viúva, ao órfão e ao oprimido, Deus não é um grande sucesso por aqui. Nem por amor a ele mesmo Deus seria popular entre nós, a não ser por aquilo que ele faz em nosso favor – o que com grande freqüência revela quem é a verdadeira estrela do espetáculo.

Falando em espetáculo, o filme protagonizado por Jim Carrey, O Show de Truman (The Truman Show), me vem à mente junto com uma inquietante indagação: se nos mantivéssemos sensatos, como Truman ao final do filme, e nos encontrássemos diante da oportunidade de sair de nossa redoma deixando para trás o seguro e previsível mundo onde somos as estrelas e onde tudo gira ao nosso redor... será que teríamos a coragem de dar este passo?

Em minhas viagens (reais e virtuais), tenho o privilégio de conhecer centenas de pastores e líderes cristãos, muitos deles jovens e muitos já mais velhos do que eu, que estão saindo de suas redomas, renunciando ao estrelato espiritual e abandonando os pequenos aquários onde vivem em segurança e privilégio para partirem rumo a um mundo muito maior e mais desafiador. Estes pastores e líderes têm abraçado a difícil tarefa de re-examinar seus sistemas teológicos centrados em si mesmos (e na igreja), mesmo sabendo que este processo pode faze-los parecer estranhos, perigosos e até mesmo heréticos aos olhos de alguns amigos. Eles têm assumido este risco porque, dentre outras coisas, estão cansados das músicas que adoram nossa bela e apaixonante sinceridade, e incluem a Deus entre os vários acessórios que contribuem para nossa riqueza material, emocional e espiritual. Estes pastores e líderes recusam-se a limitar o foco de suas pregações às “necessidades” dos salvos e eleitos, mas ao invés disso, buscam manter vivo nos ouvidos de sua audiência, o clamor dos menos favorecidos, dos marginalizados e também dos perdidos. Eles estão escrevendo novas canções e pregando novos sermões sobre justiça e compaixão, missão e esperança, amor divino e amor humano (orientado para o próximo). Novos cânticos e novos sermões sobre a glória de um Deus que ama não apenas a “mim, mim, mim”, mas a todo o mundo – gente vermelha, amarela, negra e branca, como diz a antiga canção. Este exercício tem deslocado o foco de um evangelho centrado sobre o “eu” para um evangelho capaz de abençoar o mundo inteiro.

Sem dúvida, muito do que se tem discutido sobre a “igreja emergente” encaixa-se na categoria de uma nova configuração demográfica carente de um novo arranjo onde tudo esteja ajustado a seus caprichos e gostos não-convencionais. Afinal, tudo gira ainda em torno de mim, tudo ainda diz respeito a mim. A diferença, no entanto, é que este “mim” provém de outro setor do mercado. É como se estivéssemos solicitando que o cenário do filme O Show de Truman fosse redesenhado para um novo e mais exigente Truman, um “hiper-Truman”.

Mas se existe ao menos uma faísca de alguma coisa a mais na conversa emergente, apenas uma centelha de esperança de que o Deus real possa ser encontrado fora da redoma de uma religião consumista e narcisista, e de que este Deus, na verdade, seja tão maravilhoso que nós desejemos por algum tempo cantar e pregar sobre ele, mais do que sobre nós mesmos, então devemos alimentar esta pequena chama. Isto daria aos marcianos uma boa notícia para levar de volta a seu planeta de origem. E seria também uma boa notícia por aqui.

Brian Mclaren
fundou e foi por muitos anos
pastor da Cedar Ridge Community Church
na região próxima de Washington D.C.,
e agora é palestrante e escritor.
Fonte:
www.cristianismohoje.com.br

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Papai, o que é Páscoa?

- Papai, o que é Páscoa?

- Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!

- Igual ao Natal?

- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e a Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.

- Ressurreição?

- É, ressurreição. Marta, vem cá!

- Sim?

- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.

- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?

- Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?

- Que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!

- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?

- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

- O Espírito Santo também é Deus?

- É sim.

- E Minas Gerais?

- Sacrilégio!!!

- É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?

- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!

- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?

- Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.

- Coelho bota ovo?

- Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!

- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?

- Era... era melhor, sim... ou então urubu.

- Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia que ele morreu?

- Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.

- Que dia e que mês?

- (???) Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.

- Um dia depois!

- Não, três dias depois.

- Então morreu na quarta-feira.

- Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois!

- Como?

- Pergunte à sua professora de catecismo!

- Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?

- É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

- O Judas traiu Jesus no sábado?

- Claro que não! Se Jesus morreu na sexta !!!

- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?

- Ui...

- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

- Cristo. Jesus Cristo.

- Só?

- Que eu saiba sim, por quê?

- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?

- Ai coitada!

- Coitada de quem?

- Da sua professora de catecismo!


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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A parábola da bola

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:
– A bola é grená, disse um.
– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.

Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.

– Você é cego? Ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.

Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.

De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.

Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.




Fonte: outraespiritualidade.blogspot.com
Pelo Pr. Ed René Kivitz
Igreja Batista de Água Branca - São Paulo
Autor e conferencista




Nota: Deixe um comentário sobre o que você entendeu da parábola!

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Nada além de devoção

Novos estudos rechaçam a tese de que Maria Madalena teria sido mulher de Jesus.


Por Carlos Fernandes


Desde O código da Vinci, polêmico livro de Dan Brown lançado em 2004, a memória de Maria Madalena não teve mais sossego. Apontada como amante de Jesus Cristo na obra ficcional, a discípula, que era uma de suas mais próximas seguidoras – segundo o Novo Testamento, ela esteve com ele ao pé da cruz e foi uma das primeiras a testemunhar a ressurreição do Mestre – já “ganhou” até filhos no imaginário literário. E o pai, especulam, teria sido ninguém menos que o Filho de Deus. Embora não haja qualquer indício bíblico de que os dois tenham tido qualquer proximidade amorosa, tais suposições, que já vêm de muitos séculos, ganharam corpo nos últimos anos, através do estudo de textos apócrifos, e foram alimentadas por uma boa dose de imaginação, interesses e conflitos entre organizações religiosas.

Pois agora especialistas nas Escrituras têm trazido a público novos elementos capazes de refutar definitivamente a tese do romance. “Os textos que mencionam esse tipo de envolvimento entre Madalena e Jesus foram escritos pelo menos 100 anos depois dos evangelhos bíblicos”, aponta Ben Witherington III, especialista em Novo Testamento do Seminário Teológico Asbury, nos Estados Unidos. E a intenção de tais autores seria justamente combater visões mais ortodoxas do Cristianismo, então em fase de franca expansão. A maioria dessas fontes foi escrita em grego ou em copta, língua egípcia falada durante o período romano.

Uma das mais conhecidas é o Evangelho de Filipe, escrito extra-bíblico provavelmente compilado no século 3 da Era Cristã – portanto, não escrito por nenhum contemporâneo de Jesus – e que fala até em beijos entre o suposto casal. Todos esses textos compartilham a teologia gnóstica, baseada numa espécie de revelação secreta e esotérica. Com isso, Maria Madalena passou a ser usada pelos gnósticos como um símbolo do “conhecimento verdadeiro” que teriam de Jesus, e como a verdadeira predileta de Cristo, da qual eles seriam seguidores. Esse aspecto polêmico e tardio de tais textos torna bastante improvável que haja em seu conteúdo alguma memória histórica envolvendo a Madalena real. Inclusive, o gnosticismo era combatido pela comunidade do Cristianismo, que seguia os ensinos de apóstolos como Pedro e Paulo.

“Pesquisas sem seriedade” – Mas quem foi Maria Madalena? Além do que se diz dela na Bíblia, particularmente no Evangelho de Lucas, a tradição afirma que, devido ao nome por que era conhecida (Magdalini, em grego), ela provinha de Magdala, vilarejo de pescadores a noroeste do Mar da Galiléia. Provavelmente, começou a seguir Jesus depois que ele expulsou dela sete demônios – fato que, segundo os historiadores, colaborou para disseminar sua imagem de “pecadora arrependida”. Ao contrário de muitos rabis de seu tempo, Jesus era seguido também por mulheres. “Duas das qualidades extraordinárias de Jesus são o fato de que ele recrutava seguidores de ambos os sexos”, continua Witherington. Além de Madalena, havia Maria, mãe de Jesus; outra Maria, mãe de Tiago; Maria de Betânia, irmã da Marta e Lázaro; além de Joana, Suzana e outras. Contudo, é fantasioso imaginar que alguma delas tenha tido papel de destaque em seu ministério.

Todavia, a cultura judaica da época impedia que as mulheres ensinassem ou mesmo falassem em público. É certo que o grupo feminino acompanhava a comitiva para suprir necessidades básicas como alimentação e abrigo, inclusive com seus bens. O fato seria considerado escandaloso pelos judeus do século I, para quem as mulheres deveriam ficar em casa com seus maridos e, quando viajassem, teriam de ser acompanhadas por parentes do sexo masculino. Daí teriam surgido as insinuações de uma relação mais próxima entre Jesus e a mulher de Magdala – hipótese rechaçada pelo padre John P. Meier, professor da Universidade de Notre Dame, em Indiana (EUA) e autor dos livros da série Um Judeu marginal: “Embora o Novo Testamento cite claramente a família de Jesus, como seus pais e irmãos, não há nenhuma referência de que ele tenha tido filhos ou mesmo se casado”, lembra, embora o casamento fosse considerado quase uma obrigação religiosa no primeiro século. Para Meier, Jesus manteve-se celibatário como sinal do compromisso exigido por sua missão.

A historiadora e arqueóloga Fernanda de Camargo-Moro, autora do livro Arqueologia de Madalena (Editora Record), lembra que as mulheres de então eram conhecidas pelo parentesco com alguma outra pessoa – normalmente, o marido, cujo nome era associado ao delas. “É possível até que ela nem tenha se casado com ninguém, já que sua alcunha é uma mera referência ao lugar onde nasceu”, opina. “Concluir que Maria Madalena era casada com Jesus é resultado de pesquisas superficiais e sem seriedade”, conclui.


Carlos Fernandes

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Um dia


Um dia, eu perdoei meu inimigo e fui forte,

No outro eu pedi perdão e fui grande.

Um dia, mostrei minhas razões e fui eloqüente,

No outro, ouvi meu próximo e fui humano.

Um dia, lutei pela minha causa e fui bravo,

No outro, lutei pela causa alheia e fui gente.

Um dia, batalhei pelo que queria e fui perseverante,

No outro, dividi o pão e fui rico!

Um dia, recebi aplausos e fui admirado,

No outro, fiz o bem em silêncio e os anjos me aplaudiram.

Um dia, usei a inteligência e fui respeitado,

No outro, usei o coração e fui amado.


Pr. Mario
Comunidade Evangélica Libertos por Cristo

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Provérbios 9:10 - O temor

“O temor do Senhor é o princípio sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento”

Temor não é ter medo, mas amar em reverência. É respeitar a Sua majestade e senhorio. O verdadeiro saber tem sua origem no Autor da criação e os que nutrem seu coração com o temor do Criador, desfrutam dos seus benefícios. Todo conhecimento contrário à revelação divina é puro desvario, seu caminho é enganoso e seu fim é morte



Momentos de Reflexão

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MPF quer barrar imagens de advertência de cigarro

O Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina entrou na Justiça contra a União e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido à obrigatoriedade de fabricantes de cigarros exibirem imagens de advertência em anúncios e maços.

Para o procurador João Marques Brandão Neto, as imagens atingem o fundamento constitucional da dignidade da pessoa humana.

“Os cidadãos são aterrorizados pela foto de um cadáver com o crânio rachado ou um feto morto dentro de um cinzeiro”, argumenta o procurador, segundo a Folha Online.

As novas imagens de advertência de produtos com tabado foram apresentadas em maio pelo governo federal.


Fonte: Destak Jornal de 25-07-2008


Nota: O Sr. João Marques deve ser fumante! O que me aterroriza é saber de milhões de reais são gastos todos os anos na saúde pública, com tratamentos de doenças decorrentes do tabagismo.

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Estou cansado!

Se você ainda não conhece esse texto leia-o! Vale a pena "perder" um pouco de tempo. É simplismente excelente!


Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.

Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.

Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.

Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento “científico” da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.

Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.

Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas “caiam sob o poder de Deus” para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.

Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente me perguntando se pode beber vinho, usar “piercing”, fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.

Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.

Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.

Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.

Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.

Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei que o meu cansaço me torne um cínico. Decidi lutar para não atrofiar o meu coração.

Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo ganhar aplausos de auditórios famosos.

Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade. Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.

Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim

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Salmo 117:1-2 - Deus existe

“Louvai ao SENHOR todas as nações, louvai-o todos os povos. Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do SENHOR dura para sempre. Louvai ao SENHOR”

Ao contrário do que muitos acreditam, a Bíblia não tem por objetivo, provar a existência de Deus. Toda a sua narrativa, parte da premissa de que Deus existe e que Sua existência é incontestável; tendo como testemunho, toda a criação e a humanidade. A Palavra de Deus, declara ainda, que é insensatez ponderar que Deus não exista. Disse alguém certa vez:

“É preciso ser mais crente para acreditar que tudo isso é obra do acaso, do que para crer que é obra de um Ser Superior e inteligente que a tudo criou e estabeleceu na mais perfeita ordem

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Frases e Pensamentos - Pra Nazaré

"Jesus preferiu morrer por você a ter que viver sem você!"

Prª Nazaré
IDPB - São Paulo - Vila Continental
Num culto de domingo

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A vida sem amor não tem sentido


A inteligência sem amor, te faz perverso.

A justiça sem amor, te faz implacável.

A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.

O êxito sem amor, te faz arrogante.

A riqueza sem amor, te faz avarento.

A docilidade sem amor te faz servil.

A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.

A beleza sem amor, te faz ridículo.

A autoridade sem amor, te faz tirano.

O trabalho sem amor, te faz escravo.

A simplicidade sem amor, te deprecia.

A oração sem amor, te faz introvertido.

A lei sem amor, te escraviza.

A política sem amor, te deixa egoísta.

A fé sem amor te deixa fanático.

A cruz sem amor se converte em tortura

E a vida sem amor... não tem sentido.

(desconhecido)

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Frases e Pensamentos - Luiz Antônio Ryff

"No fundo, o mais assustador não é descobrir que no peito de cada genocida bate um coração sensível. É intuir que o oposto também pode ser verdadeiro. Às vezes é só uma questão de oportunidade."

Luiz Antônio Ryff - Editor Executivo do Destak Jornal, comentando sobre a vida atual do ex-lider sérvio da Bósnia Radovan Karadzic, apontado como o responsável do maior massacre na Europa após a Segunda Guerra Mundial.

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Polêmica com "É proibido pensar"

João Alexandre fala de música, carreira, vida com Deus e fé. E, como não poderia deixar de ser, analisa a repercussão de seu último e mais polêmico trabalho, É proibido pensar, no qual bate pesado em algumas das mazelas da Igreja Evangélica contemporânea.


Em quê você pensou para fazer a música?

Pensei na superficialidade, na irrelevância e na impertinência que caracteriza o discurso evangélico de hoje. Temos uma verdadeira chuva de evangelhos diferentes, transformando-nos mais em clientes que acham que o Todo-Poderoso precisa se adaptar ao nosso jeito de viver e aos nossos caprichos. Acontece que só existe um Evangelho a ser pregado, o verdadeiro e eterno!

Existe um pensamento no meio evangélico de que líderes e ministérios são, de certa forma, intocáveis. A crítica é tratada como rebeldia. Dentro deste raciocínio, a citação de nomes e ministérios na música não foi uma atitude perigosa para sua imagem como artista evangélico?

É muito engraçada a atitude de alguns músicos e líderes que conheço. A grande maioria que ouviu a canção concorda comigo em número, gênero e grau - mas, na hora em que os desafio a caminhar junto comigo, levantando a bandeira da verdade, pulam fora, sob o discurso covarde de que existem poucos profetas e eles são assim mesmo, não conseguem se calar. Dentro de mim, muitas vezes, bate aquele sentimento de que estou sozinho mesmo, denunciando o que todos vêem mas não têm coragem de dizer. Para ser bem sincero, às vezes em sinto um boi de piranha. Existem raras exceções, mas os músicos e líderes, mesmo concordando comigo, preferem manter sua imagem de sempre, adoçando milhões de ouvidos, cantando e pregando o que todo mundo gosta de ouvir. Pois bem, eu prefiro cantar os que as pessoas precisam ouvir.

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Pérola


Perfeito! E Apóstolo com certeza é aquele que vem depois do camarada que deu esta genial resposta... após - tolo ...dããã!!!

Fonte: www.criacionismo.com.br

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Não pertube

Telemarketing poderia perfeitamente ser uma das dez pragas do Egito, se Graham Bell tivesse nascido séculos antes.

Depois de os rios virarem sangue, das nuvens de gafanhotos e da morte dos primogênitos, tocaria o telefone.

-Bom dia! Eu vou estar fazendo uma oferta especial para o senhor.

O "bom dia" vem sempre num entusiasmo inversamente proporcional ao seu interesse pelo produto oferecido. Oferecido, aliás, sem que ninguém tivesse pedido nada. Ainda mais aquela hora da manhã.

Onde foi parar a regra civilizatória que impedia as pessoas de telefonar umas para as outras antes das dez horas da manhã? Ou, simplesmente, que as impedia de ligar aleatóriamente para desconhecidos?

E tem coisa mais irritante que gerúndio de telemarketing? Tem. É saber que, na hora em que você realmente precisa falar com o serviço de atendimento ao cliente de uma empresa, passa horas ouvindo musiquinhas monofônicas e sendo jogado de ramal em ramal. Haja SAC. Cadê os telefonistas quando se precisa deles?

Bem, devem estar preoculpados com os projetos de lei que estão por aí. Correm pelas Assembléias Legislativas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia propostas semelhantes à já aprovada no Distrito Federal.

Em Brasília, deve entrar em vigor nas próximas semanas o "não pertube". É simples. Se o cidadão não deseja ser pertubado pelo telemarketing, basta cadastrar seu número de telefone. A empresa que insistir em ligar paga multa de 10 mil reais por chamada.

Finalmente. Numa de suas muitas crônicas antológicas, "Chatear e Encher", Paulo Mendes Campos já mostrava como um prosaico telefone pode ser um instrumento a serviço do mal. A história é premonitória.

Um fulano liga várias vezes seguidas para um escritório, e sempre pergunta por um tal de Valdemar - que, ele sabe muito bem, não trabalha lá. No quarto telefonema, o infeliz do outro lado da linha perde a paciência e responde kcoisas impublicáveis. Até aqui, explica o cronista, é chatear. Encher é voltar a ligar dali a dez minutos, dizendo: "Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém ligou para mim?".

Hoje, "Chatear e Encher" é pouco. Em tempos de telemarketing, "irritar e enfurecer" dá mais conta do que acontece quando toca o telefone.


Fernando Luna - Diretor editorial da Trip (fluna@trip.com.br)
Na coluna Meu destak do jornal homônimo nº 500 Ano 03

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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Provérbios 15:21-22 - A caridade

“Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber; porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o SENHOR te retribuirá”

A verdadeira caridade não é o simples ato de piedade, mas é um sentimento de amor incondicional. É entregar-se sem desejar nada em troca. É doar-se a quem precisa e amar quem não nos ama. Não é, puramente, distribuição de bens ou entrega de mantimentos. É consolar a alma oprimida e supri-la de esperança. É cumprir o mandamento mais sublime de Deus:


”Amai-vos uns aos outros, como EU vos amei”

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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Alunos de SP terão aulas de diversidade sexual em 2009

Os estudantes das 5500 escolas estaduais da 6ª série ao ensino médio aprenderão, a partir de outubro, a respeitar as opções sexuais dentro e fora da sala de aula com o projeto Diversidade Sexual.

Nele, professores de qualquer disciplina serão capacitados a refletir com os alunos sobre o preconceito com as pessoas que têm relacionamentos com parceiros do mesmo sexo. Cada escola receberá kit com dois DVDs com desenhos que contam histórias de jovens que sofrem discriminação, e cinco livros sobre o tema.

Porém o educador decidirá como aplicar o projeto da forma que achar conveniente, sem que haja uma aula específica. Além disso, não há prazo para a aplicação do tema nem meditação estimada dos resultados gerados na rede.


Carina Flosi
METRO - quarta-feira 30 de julho de 2008



Nota:

O grande problema é o que será definido como preconceito!

Acredito que os homossexuais devam ser totalmente respeitados, mas isso não quer dizer que a prática homossexual deva ser aceita, nem que deva ser tratada como algo normal. É também difícil de aceitar que será ensinada nas escolas, para crianças da 6ª série, a questão da sexualidade como uma opção pessoal! Deus nos fez homem e mulher; para o homem Deus fez a mulher!

Nós, no Brasil, temos a liberdade de culto garantida pela Constituição. E como cristão, eu não posso aceitar que minhas filhas recebam esse tipo de "educação" que, em nome do 'não preconceito', ensina que é normal aquilo que Deus classifica como ABONINAÇÃO!

As pessoas devem ser respeitadas independente das escolhas que façam, mas atitudes e idéias imorais precisam e devem ser combatidas!

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A evolução do ensino de matemática no Brasil

Semana passada comprei um produto que custou R$ 1,58. Dei à balconista R$ 2,00 e peguei na minha bolsa 8 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 50 centavos de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

5. Ensino de matemática em 2000: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?

( )Sim ( ) Não

6. Ensino de matemática em 2007: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00



Álvaro Perez
Fonte: www.criacionismo.com.br

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