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    Uma excelente reflexão sobre o tipo de evangelho que
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ciência: filha de um movimento religioso

Por: Gustavo Veríssimo
Título original: A ciência é filha legítima de um grande movimento religioso


No contexto atual, poucos cientistas entendem ou aceitam tal estrutura cristã para aquilo que fazem. O fato é que, no início, a pesquisa científica encontrou seu propósito e significado fora de si mesma, na teologia cristã.

Analisando a história, percebe-se que as grandes civilizações como os gregos, os hindus, os árabes e os chineses desenvolveram conhecimentos e técnicas consideráveis mais ou menos ao mesmo tempo. Dominavam a astronomia, as navegações, construíam edifícios, catapultas, armas, etc. No entanto, nenhum desses povos foi capaz de desenvolver a ciência como um movimento progressivo, como aconteceu na Europa Cristã no final da Idade Média.

O conhecimento do mundo e as técnicas em posse de outras culturas não eram suficientes em si para manter em andamento a ciência como a conhecemos. O que faltava a esses povos era a estrutura certa que pudesse propiciar a confiança e a motivação necessárias para que o estudo científico florescesse...

O filósofo John Macmurray afirmou: “a ciência é filha legítima de um grande movimento religioso e sua genealogia remonta a Jesus Cristo”1.

Stanley Jack, historiador da ciência, em seu livro "Science and creation"2, diz:

“A investigação científica só encontrou solo fértil depois que a fé num criador pessoal, racional, realmente impregnou toda uma cultura, a partir dos séculos da Idade Média Alta. Essa foi a fé que forneceu uma dose suficiente de crédito na racionalidade do universo, confiança no progresso e valorização do método qualitativo – todos eles, ingredientes indispensáveis da investigação científica”

A Bíblia revela que Deus cria ordem do caos, por um ato de livre vontade (Hb 11:3), e que, a cada instante, o universo depende de Deus para continuar existindo (Hb 1:3). Considerando que Deus agiu livremente, e não podemos ter a pretensão de adivinhar o que ele fez, o único meio que temos para descobrir a criação e entendê-la é o estudo por meio da observação e da experimentação.

Textos como Gênesis 1 e 8:22 sustentam a ideia de que Deus é um criador pessoal, racional e digno de confiança. Portanto, pode-se esperar que sua criação seja ordenada e racional. Foi sobre esse fundamento que os primeiros cientistas desenvolveram o conceito de leis naturais e começaram a procurá-las.

De acordo com Gn 1:26-27, os seres humanos são feitos à imagem e semelhança de Deus. Essa ideia deu aos primeiros cientistas a segurança necessária para que pudessem crer que suas mentes eram imagens finitas da mente de Deus e que, portanto, eram capazes de entender sua criação e suas leis naturais. Eles tinham motivos para confiar na razão e na lógica humana.

As ordens de dominar a terra (Gn 1:28) e de cuidar do Jardim do Éden (Gn 2:15) forneceram um estímulo religioso para o estudo científico da natureza, visto como uma forma de cumprir aqueles mandamentos de Deus.

No contexto atual, poucos cientistas entendem ou aceitam tal estrutura cristã para aquilo que fazem. O fato é que, no início, a pesquisa científica encontrou seu propósito e significado fora de si mesma, na teologia cristã. Mesmo nos dias de hoje, quando esse propósito e significado são negligenciados, é difícil encontrar alguma outra base amplamente aceitável para a ciência.

1 Reason and emotion, John Macmurray (p.172), Humanity Books (February 1999)

2 Science and creation, Stanley Jaki (p. VIII), University Press Of America (September 28, 1990)


Gustavo Veríssimo
é professor e pesquisador do departamento de engenharia civil
da Universidade Federal de Viçosa, MG.
Fonte: guiame.com.br

Momentos de Reflexão

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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Adoradores ou consumidores?



Por: Augustus Nicodemus Lopes
Título original: Adoradores ou consumidores? O outro lado da herança de Charles Finney.


A palavra "evangélicos" tem se tornado tão inclusiva que corre o perigo de se tornar totalmente vazia de significado — R. C. Sproul
Em certa ocasião o Senhor Jesus teve de fazer uma escolha entre ter 5 mil pessoas que o seguiam por causa dos benefícios que poderiam obter dele, ou ter doze seguidores leais, que o seguiam pelo motivo certo (e mesmo assim, um deles o traiu). Em outras palavras, uma decisão entre muitos consumidores e poucos fiéis discípulos. Refiro-me ao evento da multiplicação dos pães narrado em João 6. Lemos que a multidão, extasiada com o milagre, quis proclamar Jesus como rei, mas ele recusou-se (João 6.15). No dia seguinte, Jesus também se recusa a fazer mais milagres diante da multidão pois percebe que o estão seguindo por causa dos pães que comeram (6.26,30). Sua palavra acerca do pão da vida afugenta quase que todos da multidão (6.60,66), à exceção dos doze discípulos, que afirmam segui-lo por saber que ele é o Salvador, o que tem as palavras de vida eterna (6.67-69).

O Senhor Jesus poderia... ter satisfeito às necessidades da multidão e saciado o desejo dela de ter mais milagres, sinais e pão. Teria sido feito rei, e teria o povo ao seu lado. Mas o Senhor preferiu ter um punhado de pessoas que o seguiam pelos motivos certos, a ter uma vasta multidão que o fazia pelos motivos errados. Preferiu discípulos a consumidores.

Infelizmente, parece prevalecer em nossos dias uma mentalidade entre os evangélicos bem semelhante à da multidão nos dias de Jesus. Parece-nos que muitos, à semelhança da sociedade em que vivemos, tem uma mentalidade de consumidores quando se trata das coisas do Reino de Deus. O consumismo característico da nossa época parece ter achado a porta da igreja evangélica, tem entrado com toda a força, e para ficar.

Por consumismo quero dizer o impulso de satisfazer as necessidades, reais ou não, pelo uso de bens ou serviços prestados por outrem. No consumismo, as necessidades pessoais são o centro; e a "escolha" das pessoas, o mais respeitado de seus direitos. Tudo gira em torno da pessoa, e tudo existe para satisfazer as suas necessidades. As coisas ganham importância, validade e relevância à medida em que são capazes de atender estas necessidades.

Esta mentalidade tem permeado, em grande medida, as programações das igrejas, a forma e o conteúdo das pregações, a escolha das músicas, o tipo de liturgia, e as estratégias para crescimento de comunidades locais. Tudo é feito com o objetivo de satisfazer as necessidades emocionais, psicológicas, físicas e materiais das pessoas. E neste afã, prevalece o fim sobre os meios. Métodos são justificados à medida em que se prestam para atrair mais freqüentadores, e torná-los mais felizes, mais alegres, mais satisfeitos, e dispostos a continuar a freqüentar as igrejas. Esta mentalidade consumista por parte de evangélicos se mostra por vários ângulos. Numa pesquisa recente feita pelo Instituto Gallup nos Estados Unidos constatou-se que 4 em cada 10 americanos estão envolvidos em pequenos grupos que se reúnem semanalmente buscando saída para o envolvimento com drogas, problemas familiares, solidão e isolacionismo. Embora evidentemente muitos estarão em busca de uma oportunidade para aprofundar a experiência cristã e crescer no conhecimento de Deus, a maioria, segundo Gallup, busca satisfazer suas necessidades pessoais. De acordo com a revista Newsweek, 1 em cada 5 americanos sofre de alguma forma de doença mental (incluindo ansiedade, depressão clínica, esquizofrenia, etc.) durante o curso de um ano. E disso se aproveitam os espertos. Uma denúncia contra a indústria evangélica de saúde mental foi feita ano passado por Steve Rabey em Christianity Today . Cada vez mais cresce o marketing nas igrejas na área de aconselhamento, com um número alarmante de profissionais cristãos oferecendo ajuda psicológica através de métodos seculares. A indústria de música cristã tem crescido assustadoramente, abandonando por vezes seu propósito inicial de difundir o Evangelho, e tornando-se cada vez mais um mercado rentável como outro qualquer. A maioria das gravadoras evangélicas nos Estados Unidos pertence às corporações seculares de entretenimento. As estrelas do gospel music cobram cachês altíssimos para suas apresentações. Num recente artigo em Strategies for Today’s Leader, Gary McIntosh defende abertamente que "o negócio das igrejas é servir ao povo". Ele defende que a igreja deve ter uma mentalidade voltada para o "cliente", e traçar seus planos e estratégias visando suas necessidades básicas, e especialmente faze-los sentir-se bem.

Um efeito da mentalidade consumista das igrejas é o que tem sido chamado de "a síndrome da porta de vai- e-vem". As igrejas estão repletas de pessoas buscando sentido para a vida, alívio para suas ansiedades e preocupações. Assim, elas escolhem igrejas como escolhem refrigerantes. Tão logo a igreja que freqüentam deixa de satisfazer as suas necessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. As pessoas buscam igrejas onde se sintam confortáveis, e se esquecem de que precisam na verdade de uma igreja que as faça crescer em Cristo e no amor para com os outros.

Creio que há vários fatores que provocaram a presente situação. Ao meu ver, um dos mais decisivos é a influência da teologia e dos métodos de Charles G. Finney no evangelicalismo moderno. Houve uma profunda mudança no conceito de evangelização ocorrida no século passado, devido ao trabalho de Charles Finney . Mais do que a teologia do próprio Karl Barth, a teologia e os métodos de Finney têm moldado o moderno evangelicalismo. Ele é o herói de Jerry Falwell, Bill Bright e de Billy Graham; é o celebrado campeão de Keith Green, do movimento de sinais e prodígios, do movimento neopentecostal, e do movimento de crescimento da igreja. Michael Horton afirma que grande parte das dificuldades que a igreja evangélica moderna passa é devida à influência de Finney , particularmente de alguns dos seus desvios teológicos: "Para demonstrar o débito do evangelicalismo moderno a Finney, devemos observar em primeiro lugar os desvios teológicos de Finney. Estes desvios fizeram de Finney o pai dos fatores antecedentes aos grandes desafios dentro da própria igreja evangélica hoje: o movimento de crescimento de igrejas, o neopentecostalismo, e o reavivalismo político".

Para muitos no Brasil seria uma surpresa tomar conhecimento do pensamento teológico de Finney . Ele é tido como um dos grandes evangelistas da Igreja Cristã, e estimado e venerado por evangélicos no Brasil como modelo de fé e vida. E não poderia ser diferente, visto que se tem publicado no Brasil apenas obras que exaltam Finney . Desconheço qualquer obra em português que apresente o outro lado. Meu alvo, neste artigo, não é escrever extensamente sobre o assunto, mas mostrar a relação de causa e efeito que existe entre o ensino e métodos de Finney e a mentalidade consumista dos evangélicos hoje.

Em sua obra sobre teologia sistemática ( Systematic Theology [Bethany, 1976]), escrita pelo fim de seu ministério, quando era professor do seminário de Oberlin, Finney revela ter abraçado ensinos estranhos ao Cristianismo histórico. Ele ensina que a perfeição moral é condição para justificação, e que ninguém poderá ser justificado de seus pecados enquanto tiver pecado em si (p. 57); afirma que o verdadeiro cristão perde sua justificação (e conseqüentemente, a salvação) toda vez que peca (p. 46); demonstra que não acredita em pecado original e nem na depravação inerente ao ser humano (p. 179); afirma que o homem é perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo, sem a ajuda do Espírito Santo, a oferta do Evangelho. Mais surpreendente ainda, Finney nega que Cristo morreu para pagar os pecados de alguém; ele havia morrido com um propósito, o de reafirmar o governo moral de Deus, e nos dar o exemplo de como agradar a Deus (pp. 206-217). Finney nega ainda, de forma veemente, a imputação dos méritos de Cristo ao pecador, e rejeita a idéia da justificação com base da obra de Cristo em lugar dos pecadores (pp. 320-333). Quanto à aplicação da redenção, Finney nega a ideia de que o novo nascimento é um milagre operado sobrenaturalmente por Deus na alma humana. Para ele, "regeneração consiste no pecador mudar sua escolha última, sua intenção e suas preferência; ou ainda, mudar do egoísmo para o amor e a benevolência", e tudo isto movido pela influência moral do exemplo de Cristo ao morrer na cruz (p. 224).

Finney , reagindo contra a influência calvinista que predominava no Grande Avivamento ocorrido na Nova Inglaterra do século passado, mudou a ênfase que havia à pregação doutrinária para uma ênfase à fazer com que as pessoas "tomassem uma decisão", ou que fizessem uma escolha. No prefácio da sua Systematic Theology ele declara a base da sua metodologia: "Um reavivamento não é um milagre ou não depende de um milagre, em qualquer sentido. É meramente o resultado filosófico da aplicação correta dos métodos."

Finney não estava descobrindo uma nova verdade, mas abraçando um erro antigo, defendido por Pelágio no século IV, e condenado como herético pela Igreja, ou seja, que nenhum de nós nasce pecador; o homem, por nascimento, é neutro, e capaz de fazer escolhas para o bem e para o mal com inteira liberdade. Finney tem sido corretamente descrito por estudiosos evangélicos como sendo semi-pelagiano (ou mesmo, pelagiano) em sua doutrina, e um dos responsáveis maiores pela disseminação deste erro antigo entre as igrejas modernas.

Na teologia de Finney , Deus não é soberano, o homem não é um pecador por natureza, a expiação de Cristo não é um pagamento válido pelo pecado, a doutrina da justificação pela imputação é insultante à razão e à moralidade, o novo nascimento é produzido simplesmente por técnicas bem sucedidas, e avivamento é o resultado de campanhas bem planejadas com os métodos corretos.

Antes de Finney , os evangelistas reformados aguardavam sinais ou evidências da operação do Espírito Santo nos pecadores, trazendo-os debaixo de convicção de pecado, para então guiá-los à Cristo. Não colocavam pressão sobre a vontade dos pecadores, por meio psicológicos, com receio de produzir falsas conversões. Finney , porém, seguiu caminho oposto, e seu caminho prevaleceu. Já que acreditava na capacidade inerente da vontade humana de tomar decisões espirituais quando o desejasse, suas campanhas de evangelismo e de reavivamento passaram a girar em torno de um simples propósito: levar os pecadores a fazer uma escolha imediata de seguir a Cristo. Com isto, introduziu novos métodos nos seus cultos, como o "banco dos ansiosos" (de onde veio a prática de se fazer apelos ao final da mensagem), o uso de qualquer medidas que provocassem um estado emocional propício ao pecador para escolher a Deus, o que incluía apelos emocionais e denúncias terríveis do pecado e do juízo.

O impacto dos métodos reavivalistas de Finney no evangelicalismo moderno são tremendos. Seus sucessores têm perpetuado estes métodos e mantido as características do fundador: o apelo por decisões imediatas, baseadas na vontade humana; o estímulo das emoções como alvo do culto; o desprezo pela doutrina; e a ênfase que se dá na pregação a se fazer uma escolha, em vez da ênfase às grandes doutrinas da graça. As igrejas evangélicas de hoje, influenciadas pela teologia e pelos métodos de Finney , acreditando que reavivamentos podem ser produzidos, e que pecadores podem decidir seguir a Cristo quando o desejarem, têm adotado táticas e práticas em que as pessoas são vistas como clientes, e que promovem a mentalidade consumista nas igrejas evangélicas.

A relação entre os métodos de Finney e o espírito consumista moderno foi corretamente notado por Rodney Clapp, em recente artigo na Christianity Today (Outubro de 1966): "Ao enfatizar a importância de se tomar uma decisão para Cristo, Charles Finney e outros reavivalistas ajudaram na sacramentalização da ‘escolha’, elemento chave do consumismo capitalista de hoje. O reavivalismo [de Finney ] encorajava sentimentos de êxtase e a abertura do indivíduo para mudanças costumeiras de conversão e reconversão" (p. 22).

O Senhor Jesus preferiu doze seguidores genuínos a ter uma multidão de consumidores. Creio que a igreja evangélica brasileira precisa seguir a Cristo também aqui. É preciso que reconheçamos que as tendências modernas em alguns quartéis evangélicos é a de produzir consumidores, muito mais que reais discípulos de Cristo, pela forma de culto, liturgias, atrações, e eventos que promovem. Um retorno às antigas doutrinas da graça, pregadas pelos apóstolos e pelos reformadores, enfatizando a busca da glória de Deus como alvo maior do homem, poderá melhorar esse estado de coisas.

Por Augusto Nicodemus Lopes
Fonte: www.monergismo.com

Visto primeiro em: bereanos.blogspot.com.br



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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quando a dor nos sufoca

Por: Silas Alves Figueira

“Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” (Mt 26.38,39)

As horas que antecederam a crucificação foram horas de grande angústia para Jesus. Na noite em que Ele foi traído, após a ceia, Jesus se retirou com os discípulos para o jardim chamado Gêtsemani. Ali, Jesus disse para os seus discípulos que Sua alma estava triste até a morte e que eles velassem com Ele naquele momento. Era tamanha a Sua tristeza que Ele pede ao Pai que se fosse possível o livrasse daquele cálice que estava por beber. Por três vezes Jesus fez essa oração para que o Senhor o livrasse da morte, mas ao mesmo tempo em que o Senhor pede para que o Pai o livrasse da morte, o Senhor Jesus diz que não era para ser feita a Sua vontade, mas a do Pai.

O cálice que Jesus estava por tomar não era o sofrimento físico, mas o sofrimento espiritual, pois, na cruz Ele iria sofrer o abandono do Pai e vivenciar o inferno... O inferno é a morte eterna, lugar de angústia eterna, onde há “choro e ranger de dentes” (Mt 13.50). É onde Deus não está, pois o Pai não compactua com o pecado e Jesus tomou sobre si os nossos pecados se fazendo pecado em nosso lugar. Vemos com isso a enormidade do pecado e o caráter de seu salário (Rm 6.23). Por isso que na cruz o Senhor clamou: “Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Essas palavras de Cristo na Cruz do Calvário eram o cumprimento profético do Salmo 22.1 que diz assim: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?” Não temos ideia do que Davi passou para proferir tais palavras, mas sabemos o que isso significou na vida do Filho de Deus naquelas horas de abandono.

Durante aquelas seis horas em que Cristo esteve preso naquela cruz, foram as horas de maior angústia que o Nosso Senhor passou para que a nossa dívida diante do Pai fosse paga. Por isso que o apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos disse: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32). Jesus foi entregue pelo Pai para morrer a nossa morte para vivermos Sua vida. Hoje, através da morte de Jesus em nosso lugar, temos livre acesso a presença do Pai sem precisarmos oferecer sacrifícios como era necessário no AT ou como muitos líderes andam ensinando por aí.

Por isso, que por maior que seja a dor que estejamos passando, não se compara ao sofrimento que Jesus passou naquelas horas pendurado na cruz. Por isso que o apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios disse: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”(2Co 4.17,18). Em outras palavras, por maior que seja o nosso sofrimento nesta vida não se compara ao gozo eterno que teremos junto ao Pai na eternidade. Aliás, é sempre bom lembrar o que a Palavra de Deus nos fala em relação ao sofrimento dos cristãos. Vejamos alguns textos que nos mostram o quanto o Senhor tem cuidado de nós:

“Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” (Sl 103.10-14).

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10.13).

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Rm 8.26,27).

O Espírito Santo nos assiste nos momentos mais difíceis de nossa vida. É ele quem nos conforta e nos consola nas horas de sofrimento. Sem a ação confortadora e consoladora do Espírito Santo nós, certamente, seríamos consumidos pela dor que muitas vezes nos atinge. Por isso que apóstolo Paulo nos diz: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (2Co 4.8,9). Por pior que seja a dor e o nosso sofrimento em todas as coisas nós somos mais que vencedores. Jesus nunca nos prometeu uma vida fácil ao seu lado, mas Ele disse que estaria conosco todos os dias até a consumação do século (Mt 28.20). Muitas vezes a presença do Senhor conosco não soluciona o problema, mas nos trás um grande conforto, uma paz que não há explicação, pois é uma paz que excede todo entendimento, e que guarda o nosso coração e a nossa mente (Fl 4.7). Mas só desfrutam dessa paz aqueles que têm Cristo como Senhor de suas vidas. Aqueles que confiam nEle, não só para esta vida, mas para a vida eterna na presença do nosso Deus para todo o sempre (Ap 21.1-7).

Por isso que quando o apóstolo Paulo estava preso e próximo da morte iminente, escreveu a Timóteo dizendo: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2Tm 4.6-8).

Quando a angústia vier saiba que o Senhor está ao seu lado todos os dias, para lhe consolar. Não quero com isso dizer que não teremos sequelas em nossa vida, seria muita presunção e ingenuidade de minha parte falar tal coisa, mas que essas sequelas não sejam maiores que a nossa superação com a ajuda do nosso Deus. Somos humanos e não robôs. Até Jesus chorou no túmulo de Lázaro quem somos nós para não chorarmos diante das adversidades da vida também. Uma coisa é sofremos diante das perdas e lutas que a vida nos proporciona, outra coisa é afundarmos num poço de angústia e depressão podendo sair dela com a ajuda do nosso Deus. A vida não é colônia de férias, como nos fala o Rev. Hernandes Dias Lopes, mas também não um eterno sofrimento. Por isso que o salmista nos fala com muita propriedade: “Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (Sl 118.24).

Que o Senhor conforte o seu coração.


Por Silas Alves Figueira
Fonte: www.napec.org


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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Legal ou ilegal, o aborto causa traumas

Em entrevista ao Portal Guiame, a psicóloga cristã falou sobre traumas e outras consequências que o aborto pode trazer à mulher.


Fonte: Guiame


O aborto não é a única saída. Esta é a opinião central da psicóloga cristã, Marisa Lobo a respeito deste assunto que há tempos vem causando polêmica na mídia e na sociedade, de forma geral.

Em entrevista exclusiva ao Portal Guiame, a profissional - que também ministra palestras sobre sexualidade de um ponto de vista cristão para mulheres - falou sobre traumas e outras consequências que o aborto pode trazer à mulher e exemplos de mulheres que optaram por não abortar asseguram que esta foi a melhor saída.

Confira a entrevista na íntegra, logo abaixo:

Portal Guiame: Recentemente a mídia levantou novamente uma discussão sobre o aborto no Brasil. Esta prática executada com uma "boa estrutura" - como argumentam os que são a favor do direito de abortar - poderia de alguma forma, atenuar os traumas causados na mulher? Por quê?

Marisa Lobo: Não acredito que atenua traumas na esfera psicológica enquanto aborto na concepção da palavra, pois aborto - como definição - seria a morte de uma criança no ventre de sua mãe produzida durante qualquer momento da etapa que vai desde a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide) até o momento prévio ao nascimento e, quando uma mulher faz um aborto ela está provocando essa morte. Esse trauma o pior deles.

Quando uma mulher provoca aborto, os traumas criados são pela culpa de ter tirado a vida de um ser inocente, que ela entende como tal, e não do procedimento em si. Não será legalizando este ato que a mulher vai se sentir menos culpada. Essa culpa vai depender da história de vida dessa mulher, de seus valores e princípios, não do procedimento em si. Muitas mulheres cometem aborto por falta de apoio do parceiro e da família, por exemplo e o fazem em um momento de impulso, tendendo a se arrepender posteriormente . Depois do aborto, algumas tem ideias suicidas – não por ter feito um aborto legal ou ilegal, mas sim por ter tirado uma vida, que fazia parte da sua – é isso que as pessoas que lutam pelo aborto negligenciam: O amor a si mesmo e ao próximo.

A questão aqui, são traumas gerados e não é porque ela fez um aborto apoiado pelo governo que os traumas são menores. Se esta mulher recorreu ao aborto, de alguma forma os traumas estão nesta situação de não ter apoio, de ter sido violentada e o aborto é outra violência contra a mulher, pois novamente, cairá sobre ela esse trauma de ter matado – na concepção da palavra – um inocente. Não estou atribuindo culpa a essa mulher, mas dizendo exatamente como a maioria delas se sente, ou seja, mais uma vez a mulher somente ela é responsabilizada pelo ato de violência que contra ela mesma foi cometido e, a ela está sendo imputado por força legal a obrigação de resolver pela via da dor emocional e física a situação. Vejo isso, não como uma conquista, mas como mais um preconceito.

Portal Guiame: Quais são a principais consequências que podem ser destacadas após um aborto?

Marisa Lobo: Culpa , “medo de não engravidar no futuro”; “A consciência de que estava gerando uma vida e essa vida foi impedida de existir por ela causa uma dor as vezes insuportável de carregar”. Aqui citei frases de pacientes e mulheres que em alguma situação prestei atendimento e ou aconselhamento após aborto, são frases relatadas por estas mulheres, algumas pobres que fizeram aborto clandestino de forma precária correndo risco de vida, bem como as ricas que fizeram aborto em clinicas sem o menor risco a saúde, ambas sentem o mesmo sentimento de culpa por ter impedido uma vida de existir.

O que percebo que a mulher que se volta para uma religião, por exemplo, se sente perdoada, porque tem a consciência de que o arrependimento no caso da religião é perdoado então se conforta neste caso enquanto pecado, mas, no entanto os problemas e traumas permanecem porque o perdão está relacionado a si mesmo. Em outras palavras, ela sabe que Deus a perdoa, mas ela mesma não se perdoa e, é neste ponto que trabalho enquanto profissional: no perdão de si mesma e é esse o maior gerador de traumas. A situação é tão séria que algumas chegam a ouvir vozes do bebê por muitos anos, têm dificuldade de engravidar e, muitas vezes, sem problema aparente, sofrem com gravidez psicológica, problemas em sua sexualidade, medo de abortar espontaneamente… Já tive pacientes que somatizaram tanto o aborto que sofreram aborto espontâneo e atribuíram ao emocional o medo de ter um filho e abortar quando este estivesse formado. Enfim, a mulher sofre com aborto de alguma forma. Pode ser um alívio no momento da crise, mas o seu inconsciente cobra de alguma forma. Não é somente a questão social. Ela mesma que se cobra.

Portal Guiame: Fala-se muito em aborto nos casos de estupro ou anencefalia fetal. Como psicólogo e cristão o que você aconselharia em casos como estes?

Marisa Lobo: Creio como profissional e mesmo como pessoa, que não tenho o direito de obrigar uma pessoa a não fazer e / ou fazer algo. No caso do aborto eu não aprovo por se tratar de uma vida inocente. Porém diante de um estupro comprovado, todas as medidas para proteger e se evitar a gravidez, doenças sexualmente transmissíveis devem ser realizadas com urgência e, muitas vezes, se a mulher for atendida imediatamente, pode-se evitar a gravidez, para não jogar mais esse trauma sobre a mulher: o de cometer um crime, pois é assim que ela entenderá. Mas o que o governo teria obrigação mesmo de fazer era de reforçar campanhas de proteção à mulher e punição do estuprador ao invés de remediar o problema, matando inocentes e nos impedindo [profissionais] de falar a verdade e mostrar o outro lado, até mesmo para que a pessoa possa realmente escolher pela razão, colocando todas as questões na balança na hora de sua escolha, pois cada uma delas terá suas respectivas consequências.

O que posso dizer, referente aos traumas gerados nessa situação é que, conheço mulheres que depois de um estupro, não fizeram o aborto e a própria gravidez as curou dos traumas. O fato de não ter cometido um crime contra um inocente fez delas pessoas fortes e muito melhores como seres humanos. Se recuperaram dos traumas do estupro, fazendo o bem, colocando no mundo um inocente e, dando oportunidade para esta criança se desenvolver e ser criada com amor. Essa foi a maneira que estas mulheres encontraram de resolver uma injustiça.

Já tive uma amiga (vizinha) a qual pude acompanhar a situação dela. Ela estava grávida de uma criança com síndrome de Edwards e podia ter abortado, sabendo que a criança nasceria com transtornos graves e não viveria muitos dias. Mesmo assim, ela amou aquela criança já em seu ventre, deu oportunidade à vida, conviveu com aquele bebê por três meses e, se você pergunta, ela tem orgulho de ter sido essa mãe, de ter dado a oportunidade à vida desse bebê. Essa minha amiga se chama Vivian. Conheço outros casos de bebês que os pais permitiram que a criança nascesse e, até hoje, choram ao imaginar a possibilidade de um aborto.

O que precisamos entender nisso tudo é que o amor, o verdadeiro amor é transformador, ele tem um poder de resiliência fantástico. Se amamos um cachorrinho, nos compadecemos com um animal deficiente, por exemplo. Por que não amaríamos um ser humano com deficiências? Ou só amamos uma pessoa se esta for perfeita? Se for assim, estamos claramente nos declarando incapazes de amar. O ser humano foi gerado para amar. É o prazer de amar o outro que nos torna seres humanos completos. É por isso que todo aborto – legal ou ilegal – causa traumas e não pelo procedimento em si. A dor física pode ser curada, esquecida, mas o trauma se dá pelo pela dificuldade de se esquecer uma vida foi gerada a abortada, ou seja, não se permitiu que um ser humano nascesse de fato. Seja qual for o motivo, devemos ter sempre a opção à vida. Não como obrigação, mas como direito.

Portal Guiame: Como você avalia a atuação do governo sobre esta situação?

Marisa Lobo
Marisa Lobo: Vejo o governo jogando a culpa do estupro em cima da mulher, pois é mais fácil fazer o aborto do que preveni-lo. Por que o governo não oferece opção para mãe que não quiser abortar? uma ajuda de custo para essa mãe sustentar esta criança bem como um tratamento adequado inclusive psicológico para essa mulher, poderia ser uma opção, pois muitas mulheres abortam como única saída. Mas isso mexeria no bolso no governo então é mais fácil matar um inocente do que assumir de fato sua responsabilidade.

Devemos Amar ao próximo como a nós mesmos,  se eu me amar, sobrará amor para dar a este próximo, e se amar a Deus sobre todas as coisas, conseguirei perdoar e caminhar sem traumas. Essa é a chave de toda existência humana e de todas as dores, amar, se deixar amar e amar a quem te amou primeiro.

"Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. (…) Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:37,39)

Por João Neto
Fonte: www.guiame.com.br
Momentos de Reflexão

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