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    tem sido pregado hoje, com Juliano Son do Ministério Livres para Adorar

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O batismo com fogo


Se há um texto que tem gerado muita polêmica no meio cristão é o texto de Mateus 3:11 que trata do “batismo com Espírito Santo e com fogo”. Muitos dizem que o batismo com o Espírito Santo e com fogo é uma dotação de poder que vem da parte de Deus sobre todo aquele que crê. Já outros dizem que o batismo com o Espírito Santo não pode ser a mesma coisa que o batismo com fogo.

Afinal de contas que fogo é este? O que é ser batizado com o Espírito e com fogo?

Segundo a hermenêutica bíblica (a arte da interpretação das Escrituras) há fatores importantes que devem ser levados em conta quando analisamos um texto sagrado.

No intuito de se preservar a ortodoxia dos ensinamentos bíblicos, desenvolveu-se na hermenêutica bíblica, uma série de regras para “nortear” o estudo da interpretação. Por exemplo: conhecer o ‘autor’, o ‘porque escreveu’ e o ‘para quem escreveu’, são ferramentas valiosíssimas para uma boa compreensão do texto.
Vamos analisar, então, o texto de Mateus 3:11 segundo algumas das principais leis da hermenêutica sacra: a lei do contexto, a lei dos textos paralelos e a lei do autor como determinante do significado do texto.

1. Lei do contexto

O contexto é o “lugar” onde o versículo em questão está inserido. É uma analise de qual tema ou assunto está sendo abordado nos versículos anteriores e posteriores ao texto em estudo. Algumas vezes, para um melhor entendimento do contexto é necessário analisar todo o capítulo ou todo o livro em que o versículo está inserido. Outras vezes a Bíblia como um todo é o contexto que deve ser levado em consideração. Costuma-se dizer que “um versículo deve concordar com toda a Bíblia e toda a Bíblia deve concordar com um versículo”. Mas na maioria das vezes o contexto imediato (os versículos anteriores e posteriores) já nos traz o entendimento necessário.

Vamos analisar o contexto imediato de Mateus 3:11

v.10 - E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.

v.11 - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.

v.12 - Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.

Lendo esta passagem podemos perceber que no versículo 10 João Batista fala do fogo onde é jogada toda a árvore que não produz bom fruto, uma clara referência ao juízo de Deus sobre todos os que não se arrependem de seus pecados. A árvore que não produz bom fruto (o fruto digno de arrependimento – v.8) é cortada e lançada no fogo (indiscutivelmente o fogo do juízo, para onde vão todos os que não se arrependem do seu pecado).

Em seguida, João Batista fala dos batismos:

v.11 - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.

João contrasta a natureza física de seu batismo (com água), com a natureza espiritual do batismo de Jesus (com o Espírito e com fogo). A grande diferença é que João Batista não tinha condições de discernir os corações dos homens e, assim, batizava a todos que vinham até ele, sem qualquer distinção; por isso exortava: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”. Já o Senhor Jesus conhece nossas intenções e, portanto, faz uma distinção: para os arrependidos há o batismo com o Espírito Santo; para os não arrependidos há o batismo com fogo.

Cristo é quem batiza os arrependidos com o Espírito Santo e é, também, quem batiza os não arrependidos com fogo (fogo de juízo; de condenação).

O versículo 12 nos dá uma claríssima explicação desta verdade:

v.12 - Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.

Cristo tem a pá em sua mão. Ele mesmo recolherá o seu trigo (os arrependidos) e, Ele mesmo queimará a palha (os não arrependidos) no fogo que nunca se apaga (fogo de tormento eterno – Ap 20:10-15).
Portanto fica muito claro pelo contexto imediato que o batismo com fogo de Mateus 3:11 é um batismo de juízo e não uma dotação de poder. Toda árvore que não produz bom fruto (de arrependimento) é cortada e lançada no fogo (v10), porque o Senhor Jesus os batizará com fogo (v11), assim que, com uma pá, separar o seu trigo do joio (v13).

Diante da clareza que o contexto imediato nos traz, nem seria necessário citar outros argumentos, mas afim de esclarecermos o melhor possível esta polêmica, analisaremos agora Mateus 3:11 segundo a lei dos textos paralelos.


2. Lei dos textos paralelos

Esta lei define que um texto deve ser interpretado com o auxílio de outros textos que tratam do mesmo assunto.

Em Mateus 3:1-12 vemos que João Batista surgiu no deserto, pregando o arrependimento e batizando todos da Judéia e circunvizinhança. O texto em estudo (v.11) faz parte do discurso de João Batista.O que motivou este discurso onde o texto em questão está inserido? A resposta está no versículo 7:

v.7a - “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes...”


O motivo que levou João Batista a pronunciar tais palavras foi a presença dos fariseus e saduceus.

E qual foi o teor de sua mensagem? Foi, claramente, uma advertência sobre a necessidade de real arrependimento e as consequências do não arrependimento:

v.7b – “...Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

v.8 – “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”,


v.10 – “E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo


Encontramos os textos paralelos deste episódio em: Marcos 1:4-8; Lucas 3:2-3, 7-9, 16-17 e João 1:29-33.

Em Marcos 1:4-8 lemos:


"v.4 – Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados.

v.5 – E toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.

v.6 – E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.

v.7 – E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.

v.8 – Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo".


Notem que o evangelista Marcos não cita a presença dos fariseus e saduceus, nem tampouco traz a pregação de advertência descrita em Mateus 3:7-10,12. Marcos deu ênfase a mensagem pregada aos arrependidos, logo, apenas contrastou a natureza de seu batismo, com a natureza do batismo de Cristo:

V.8 – Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

Não citando os fariseus e saduceus, omitiu-se o “fogo”.

Em Lc 3:2-3,7-9,16-17 lemos:

"v.2 – Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias.
 

v.3 – E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; E toda a carne verá a salvação de Deus.
 

v.7 – Dizia, pois, João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?

v.8 – Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai; porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.
 

v.9 – E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.


v.16 – Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
 

v.17 – Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga"

Notem que o evangelista Lucas, embora não faça menção dos fariseus e dos saduceus, descreveu todo o rigoroso discurso de advertência de João Batista. Isso deixa claro que Lucas apresentou a mensagem de João direcionada aos arrependidos e não arrependidos. Sendo assim ele descreve as palavras de João da seguinte forma:

v.16 – Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

Lucas descreve a árvore que não produz bom fruto e é queimada no fogo; descreve a palha que é queimada no fogo que nunca se apaga e, portanto, descreveu a natureza do batismo para os não arrependidos (com fogo).

Em Jo 1:29-33 temos:

v.29 – No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

v.30 – Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.

v.31 – E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.

v.32 – E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.

v.33 – E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.

O apóstolo e evangelista João, traz a descrição sobre o batismo de Jesus, para o dia seguinte do interrogatório de João Batista pelos fariseus (v.29). Analisando os quatro evangelhos (que não são contraditórios, mas sim complementares) percebemos que, num dia, João Batista vendo que os fariseus e saduceus vinham ao seu batismo, fez o discurso de advertência. Ainda neste dia João Batista foi interrogado pelos fariseus (Jo 1:19-28) e, no dia seguinte, Jesus veio para ser batizado. Nesta ocasião o Evangelho de João não menciona a presença dos fariseus e é onde encontramos a confirmação de João Batista:

v.33 – E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.

Não havendo a presença dos fariseus e saduceus, não há advertências, nem, tampouco, “o batismo com fogo”.
Portanto, pela lei dos textos paralelos podemos concluir que “fogo” denota juízo e, por isso, está sempre associado a mensagem de advertência pela presença dos fariseus e saduceus (que foram, também, duramente advertidos por Jesus, por serem hipócritas – Mt 23).

Agora vamos fazer uma breve análise segundo o princípio hermenêutico do “autor como elemento determinante do significado”


3. Lei do autor

Os autores bíblicos escreveram seus livros em épocas diferentes, em lugares diferentes, sob circunstâncias diferentes... Comparar os escritos de autores que viveram em épocas semelhantes podem ajudar na interpretação de um texto. E, sempre que possível, deve-se comparar os outros escritos do mesmo autor do texto em estudo.

Segundo este princípio, faremos uma comparação dos escritos de Lucas que tratam deste assunto.

Com já vimos anteriormente, no Evangelho segundo Lucas encontramos a pregação de advertência de João Batista e, consequentemente, a distinção dos “batismos” (com o Espírito Santo e com fogo). Se analisarmos o livro dos Atos dos Apóstolos, também de autoria de Lucas, encontraremos no capítulo 1 a promessa do batismo por Jesus. E assim foi descrita:

“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:5)

Aqui cabe a pergunta: Por que o evangelista Lucas disse em seu evangelho que seriam “batizados com o Espírito Santo e com fogo”, mas em Atos disse “sereis batizados com o Espírito Santo” somente?

A resposta, mais uma vez, gira em torno da questão: “quem eram os seus ouvintes?”

No Evangelho, Lucas menciona que João Batista se dirigiu à multidão que vinha se batizar e sabemos pelos textos paralelos que seu discurso foi motivado pela presença dos fariseus e saduceus em meio à multidão. Já no livro de Atos, o discurso foi dirigido aos fiéis discípulos de Jesus que o viram ressurreto. Estas ocorrências, mais uma vez, apontam para a aplicação de “juízo” à palavra “fogo”. Quando a mensagem foi dirigida aos arrependidos e não arrependidos, a afirmação foi “sereis batizados com o Espírito Santo e com fogo”; quando a mensagem dirigia-se somente aos arrependidos, a afirmação foi “sereis batizados com o Espírito Santo”.

Além deste versículo há ainda a descrição das palavras do apóstolo Pedro sobre esta questão:

"E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados com o Espírito Santo" (Atos 11:15-16)

Mais uma vez, quando a referência do batismo são pessoas arrependidas, a descrição é "e sereis batizados com o Espírito Santo", somente.


Conclusão
Como verificamos, tanto o contexto, quanto os textos paralelos e a análise do autor como determinante do significado, remetem ao “fogo do juízo” (o fogo que nunca se apaga) o significado do termo “fogo” em Mateus 3:11. Jesus é quem batiza com o Espírito e também quem batizará com fogo do juízo.

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Razões para não se ir à igreja


Assista a um vídeo com menos de 2 minutos muito interessante sobre esta questão.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Por que Deus permite algo terrivel acontecer?

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e a apresentadora Jane Clayson perguntou a ela:

- Como é que DEUS teria permitido acontecer algo horroroso assim, no dia 11 de setembro e tantos outro acontecimentos terríveis?

Anne Graham deu uma resposta extremamente profunda e sabia. Ela disse:

"Eu creio que DEUS ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos nós temos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.

Sendo um cavalheiro como DEUS é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que DEUS nos dê a Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?

À vista dos acontecimentos recentes... ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc., eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O' Hare (que foi assassinada e seu corpo encontrado recentemente), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, não devemos roubar, e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos.

E nós concordamos.

Logo depois, o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima. E nós dissemos: 'um perito nesse assunto deve saber o que está falando', e então concordamos com ele.

Depois alguém disse que os professores e os diretores das escolas não deveriam disciplinar os nossos filhos quando eles se comportassem mal. Os administradores escolares então decidiram que nenhum professor em suas escolas deveria tocar em um aluno quando se comportasse mal, porque não queriam publicidade negativa, e não queriam ser processados. (Há uma grande diferença entre disciplinar e tocar, bater, dar socos, humilhar e chutar,etc.). E nós concordamos com tudo.

Aí alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem, e que nem precisariam contar aos pais. E nós aceitamos essa sugestão sem ao menos questioná-la.

Em seguida algum membro da mesa administrativa escolar muito sábio disse que, como rapazes serão sempre rapazes, e que como homens iriam acabar fazendo o inevitável, que então deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem, para que eles pudessem se divertir à vontade, e que nem precisaríamos dizer aos seus pais que eles as tivessem obtido na escola. E nós dissemos, 'está bem'.

Depois alguns dos nossos oficiais eleitos mais importantes disseram que não teria importância alguma o que nós fizéssemos em nossa privacidade, desde que estivéssemos cumprindo com os nossos deveres. Concordando com eles, dissemos que para nós não faria qualquer diferença o que uma pessoa fizesse em particular, incluindo o nosso Presidente da República, desde que o nosso emprego fosse mantido e a nossa economia ficasse equilibrada.

Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia, e uma apreciação natural da beleza do corpo feminino. E nós também concordamos. Depois uma outra pessoa levou isto um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição na Internet. E nós dissemos, 'está bem, isto é democracia, e eles têm direito de ter a liberdade de se expressar e fazer isso'.

A indústria de entretenimento então disse: 'Vamos fazer shows de TV e filmes que promovam profanação, violência e sexo ilícito. Vamos gravar música que estimule o estupro, sexo, drogas, assassínio, suicídio e temas satânicos'. E nós dissemos: 'Isto é apenas diversão, e não produz qualquer efeito prejudicial. Ninguém leva isso a sério mesmo, então que façam isso!'

Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência, e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...

Provavelmente, se nós analisarmos tudo isto seriamente, iremos facilmente compreender: Nós colhemos exatamente aquilo que semeamos!

Uma menina escreveu um bilhetinho para DEUS, dizendo: 'Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?'

A resposta Dele seria: 'Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!' Do Seu DEUS.

É triste como as pessoas simplesmente culpam DEUS e não entendem por que o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia nos diz.

É triste como todo o mundo quer ir para o céu, desde que não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina.

É triste como alguém diz: 'Eu creio em DEUS', mas ainda assim segue a Satanás, que por sinal, também 'crê' em DEUS.

É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados!"

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Frases e Pensamentos - Laure Conan

 
"Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar."

 
Laure Conan

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Muito além do orgulho

Por: Dircêo Torrecillas Ramos
Título original: Hipocrisia – homoditadura – heterofobia

Hipocrisia é um vocábulo usado por muitas pessoas que não conhecem o seu significado, não tem ideia do conceito que encerra e aplicam quando e como interessa. É um termo do grego hypocrisia, pelo latim hypocrise + ia; afetação de uma virtude, de um sentimento louvável que não se tem; impostura, fingimento, simulação, falsidade, falsa devoção...

Ocorrem, hodiernamente, passeatas, desfiles e outras manifestações homossexuais, apresentadas genericamente, sem distinção entre transexuais, hermafroditas e pseudo-hermafroditas.

É uma faculdade protegida pelo artigo 5º, inciso X de nossa Lei Maior. “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, conforme o artigo 3º, inciso IV do Texto Maior, que no artigo 5º, inciso XLI diz que: “A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. Exercem, libérrimos, seus direitos de reunião previstos na Constituição brasileira, artigo 5º, inciso XVI – “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”. Não há necessidade de aprovação e o aviso permitirá às autoridades evitar conflitos e oferecer toda a segurança.

Verifica-se que são direitos, garantias e proteções de duas mãos. Da mesma forma que poderão ser exigidos pelos homossexuais, obrigam respeito destes entre si e em relação aos heterossexuais. Se há movimentos que podem influenciar crianças e adolescentes pelo homossexualismo, deve ser permitida a ação heterossexual apresentando seus valores, dentro da mesma sociedade. Entretanto, o Dia do Orgulho Hétero foi vetado. Certas condutas e exposições exageradas praticadas por estes seriam objeto de reprimendas, mas, estas, realizadas àqueles significam discriminação. A privacidade de quem tem estes comportamentos deve respeitar a de todos que estão presentes no mesmo ambiente. Repete-se a imposição: “fulano saiu ou deve sair do ‘armário’”. Quer dizer, assumir sua posição, preferência ou aventura sexual. É uma questão particular, subjetiva, envolve família e cada um tem a faculdade de preservar sua privacidade e a imagem que desejar. Recentemente em um veículo de comunicação um cidadão assumido revelou, indevidamente e talvez enganosamente, as preferências de outro. Este negou. Trata-se de um profissional que preserva uma imagem oposta e que poderia ser prejudicado em suas atividades. Em junho de 2011, a Parada Gay utilizou imagens de santos, estimulando o uso de preservativos, o que foi considerado “infeliz, debochado e desrespeitoso”. Onde está o respeito à privacidade, à intimidade, à imagem? Se ocorresse contra os autores, ou apenas um comentário seria discriminação e homofobia.

Vale lembrar uma nota da obra “perspectivas sobre o homossexualismo”, p. 67: “Em várias organizações psiquiátricas, chaga-se a proibir que médicos mencionem que conseguiram que alguns indivíduos mudassem de orientação sexual, passando do homossexualismo para o heterossexualismo graças à psicoterapia. Encontramo-nos, pois diante de um paradoxo: admite-se que se possa passar do heterossexualismo para o homossexualismo, mas nega-se que possa acontecer o contrário. Semelhante obscurecimento ideológico é grave, especialmente quando se sabe que há diferentes formas de homossexualismo, e que algumas delas são suscetíveis de um tratamento terapêutico, embora outras sejam efetivamente irreversíveis”.

Deve haver direitos e respeito mútuo entre os seres humanos, mas ao contrário do que se diz, está verificando-se a verdadeira hipocrisia, por meio de uma heterofobia e da homoditadura.

Dircêo Torrecillas Ramos
  Mestre, Doutor, Livre-Docente pela USP, Prof. de Direito Público da Fund. Getúlio Vargas, Membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, Presidente da comissão de Direito Constitucional OAB-SP  Contato: dirceo@uol.com.br Fonte: Jornal SP Norte de 16 a 22 de setembro de 2011 - Ano X - Nº 478 - pág. 2

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Morra, para que outros possam viver



Assista ao vídeo com esta maravilhosa mensagem do Juliano Son. E para os que se interessarem, também transcrevi o texto logo abaixo do vídeo!
Aproveitem!
Por: Juliano Son

Para aqueles que estão sem áudio, transcrevi a mensagem logo abaixo.
Aproveitem!





“Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano nem adulteramos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus.

Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus.

De todos os lados somos pressionados, mas não desanimamos; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nós. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida.

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, é passageiro, mas o que não se vê é eterno” (2 Coríntios 4:1-2,5,8-12,16-18)


Para que outros possam viver, vale a pena morrer. E nas palavras de 2 Coríntios capítulo 4 que acabamos de ler, para que outros possam viver, não apenas vale a pena morrer, como deve-se morrer. Deve-se! Para que outros possam viver deve-se, é necessário morrer, é necessário morrer para que haja vida. Trazendo sempre em nosso corpo o morrer de Jesus para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo, pois nós que estamos vivos somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a Sua vida também se manifeste em nós, de modo que em nós atua a morte, para que em vocês, para que em outros atue a vida.

Assim como a semente que não morre não germina, assim como a semente que não morre é incapaz de gerar frutos, aquele que não morre é incapaz de gerar vida... é incapaz! Não fosse o sangue do Cordeiro, não fosse o sangue de todos os mártires que vieram antes de nós, não fossem aqueles que vivem como se não pertencessem a este mundo, não seríamos conhecedores das Boas Novas da Vida, não seríamos... não seríamos!

Mas se as coisas são assim, se isso é verdade, se isso reflete a realidade, se o Senhor teve toda a intenção de dizer exatamente o que ele disse, por que é então que não morremos? Por que é então que o mundo está cansado de ver uma igreja que deveria carregar a mensagem da morte, mas não carrega... não carrega? E não carrega porque ela mesma recusa-se a morrer! Se a ordem é essa... se a ordem é essa, por que é então que não vemos mais vidas sendo geradas, nações sendo alcançadas em meio a voluntária entrega da vida por parte daqueles que se dizem cristãos, por quê... por quê? Porque existe algo de muito errado em nosso meio. Existe algo de muito errado em meio aquilo que chamamos de Evangelho do Reino de Deus. Evangelho do Reino de Deus, não evangelho do reino dos homens para os homens, não o evangelho do reino desta terra para esta terra, não o evangelho do seu reino para você mesmo, para o seu próprio benefício, mas o Evangelho do Reino de Deus para o benefício de Deus.

E existe algo de muito errado porque estamos confundindo o Evangelho do Reino de Deus que é para Deus, com outros evangelhos. E o povo, por falta de líderes que preguem o que o povo precisa ouvir e não o que o povo quer ouvir, o povo está adorando outros “bezerros de ouro”. E o grande bezerro de ouro dos nossos dias é a “bênção”; o grande bezerro de ouro dos nossos dias é a “vitória”, é a “conquista”, é o bezerro da “prosperidade”, é a “saúde”, é o “meu bem estar”, é o “meu conforto”, é a “minha necessidade”, é o “meu reino”, é a “minha vida”. “Sete passos para alcançar a bênção”, aqui; “quarenta dias de jejum da vitória”, ali; “doze maneiras para ser próspero”, um pouco mais adiante; e “trezentas e dezoito formas para você fazer com que Deus faça aquilo que você quer que Ele faça” – não importa se Ele queira fazer ou não, porque afinal, o modelo de Jesus: “Não seja feita a minha vontade, mas a Sua”, serve para Jesus, serve para o Filho de Deus, não serve para mim, não serve para igreja.

Quantos já foram em alguma campanha que dizia: “campanha do negue-se a si mesmo”? “Campanha dos três passos para morrer”? Ou a “campanha das sete maneiras de amar o seu próximo como a si mesmo”? “Campanha de quarenta dias de jejum para que eu possa carregar a minha cruz”? Não? Nunca foi? Por que não? Ora, porque não é isso que é importante! Não é isso! Porque o importante é eu ter o carro do ano! Porque o importante é eu ser abençoado! O importante é eu mostrar o quão abençoado sou! Preciso mostrar... eu preciso mostrar... porque afinal de contas, se ando de carro importado é porque Deus me deu... Deus me deu! Porque é muito óbvio que Deus está muito mais preocupado com o meu ego... eu sou tão espiritual e abençoado que é muito óbvio para mim e, é muito óbvio só para mim, que Deus está mais preocupado em colocar dinheiro nas minhas mãos para eu possa comprar coisas caras e tolas, do que está preocupado em colocar recursos sob os meus cuidados para que eu possa, de alguma maneira, aliviar a dor dos aflitos. Porque Deus é tão bom para mim... Deus é tão sábio, Ele é tão misericordioso que Ele prefere que eu compre para mim, o meu centésimo par de sapatos... Ele prefere... é, Ele prefere que eu faça isso mais que prefere que eu compre algumas marmitas para dar de comer às crianças de rua. Porque o importante é eu encher o meu celeiro até onde der! O importante é o meu reino, é a minha justiça! Eu trabalhei... eu suei... Não, não, não... não foi Deus quem me deu! Não, não foi Deus quem me abençoou! Não, não! Foi quem ganhei! É justo... eu trabalhei... é meu! Porque o importante é eu viver como se não houvesse morte – e Deus que me livre de eu pensar em morte! – coisa negativa não é de Deus! O importante é eu viver como se não houvesse morte, para que quando a minha hora chegar, eu venha morrer como alguém que nunca quis viver! Porque está escrito na Palavra de Deus em Marcos capítulo 8 e em Mateus 16:

“Então Jesus começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse. Ele falou claramente a esse respeito. Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo. [vejam como deste o início a igreja se escandalizou com a mensagem da morte] Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: "Arreda, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas coisas dos homens. [Você não está de olho no Reino de Deus, mas está de olho no reino dos homens]”. Então ele chamou a multidão e os discípulos e disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me [se quiser... se alguém quiser]. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida, a perdê-la-á, mas quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois, o que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o dará homem em troca de sua alma? Porque o Filho do homem [o Filho de Deus, há de vir] na glória de seu Pai [Ele há de voltar com seus anjos e então retribuirá conforme as suas obras]" (Marcos 8:34-38).

Quem fizer de tudo para garantir a sua vida neste mundo, não merecerá a vida no outro. E quem fizer de tudo para garantir a sua vida no outro, perderá a sua vida neste, perderá o controle da sua vida neste mundo. Quem viver de olho nos tesouros deste mundo receberá somente o que este mundo é capaz de dar. Mas quem viver com os olhos fixos no tesouro eterno, este receberá, este haverá de receber aquilo que a eternidade tem para dar.

Entendam algo. Sabem por que existem religiosos fanáticos que se matam, que se suicidam, que dão as suas vidas para serem destruídas, sabem por quê? Porque eles estão pensando na eternidade, eles estão de olho na eternidade. E sabe por que você se recusa a negar-se a si mesmo e entregar o controle da sua vida a Deus? Porque você está pensando demais nesta vida. E mais, sabem por que é que estes fanáticos acabam dando as suas vidas? Porque eles passaram a vida toda, a vida inteira, ouvindo de seus mestres que morrer é algo valioso, eles passaram a vida toda ouvindo de seus mestres que morrer é algo bom, é algo nobre, é algo honroso, que morrer gera a vida... gera a vida. Mas e a igreja, mas onde está a igreja? Onde está a voz profética? Onde estão os que pregam a verdade? Onde estão os que pregam morram? Onde estão os mestres de Deus a gritarem: “Morram, morram! Para viver, morram! Por amor a Cristo, morram! Por amar a Deus acima de tudo, morram!”? Onde estão? Por que os missionários moravianos se vendiam como escravos para poderem pregar aos escravos? Porque alguém lhes ensinou que esta vida não vale a pena ser vivida, se não for vivida para Deus! Alguém lhes havia ensinado que para que outros pudessem viver, valia a pena morrer!

Enquanto muitos parecem estar fascinados demais com mestres que pregam vida apenas nesta vida, mestres que distorcem o significado de “Vida em abundância”, apesar disso... apesar disso, existem alguns remanescentes, existem ainda alguns que se recusam a se prostrar diante dos bezerros de ouro, existem ainda alguns que se permitem ser afligidos por amor a Cristo, alguns que entenderam a voz do Espírito de Cristo, do Cristo que deu exemplo a ser seguido, não apenas em vida, mas na morte de cruz, e são capazes de dizer: “Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim”.

Amados, a vida é para os que creem. Os que creem não têm medo da morte... não devem ter medo da morte. Quem tem medo da morte não crê. Quem não crê não viverá. E eis que a morte é o maior medidor da fé. Os que morrem são os que creem. E termino com um texto bíblico que está em 2 Timóteo capítulo 4 nos versículos 2 ao 4. Diz assim:

”Pregue a palavra, [pregue a palavra] esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. [Por que?] Porque chegará o tempo em que não suportarão a sã doutrina [chegará o tempo em que não suportarão os caminhos de Deus, os pensamentos de Deus]; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos segundo as suas próprias cobiças. E estes se recusarão a dar ouvidos à verdade [se recusarão], voltando-se para as fábulas [preferindo acreditar nos mentirosos finais felizes].”

Que este não seja você!

Para a Glória de Cristo Jesus, Amém!

Juliano Son
Ministério Livres para Adorar

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Traduções contemporaneas dos dez mandamentos

Por: Ed René Kivitz

I - Não terás outros deuses
Não crerás na existência de outros deuses, senão de Deus.
Não explicarás o universo senão em relação a Deus.
Não terás outro critério de verdade senão Deus.
Não te relacionarás com pseudodivindades, senão com Deus.
Não dependerás de falsos deuses, senão de Deus.
Não terás satisfação em nada que exclua Deus.



II - Não farás imagens
Não tratarás como Deus o que não é Deus.
Não compararás Deus com qualquer de suas criaturas.

...

Não atribuirás poder divino a qualquer das criaturas de Deus.
Não colocarás nenhuma criatura entre ti e o teu Deus.
Não diminuirás Deus para que possas compreendê-lo ou dominá-lo.
Não adorarás qualquer criatura que pretenda representar Deus.

III - Não tomarás o nome do teu Deus em vão
Não dissociarás o nome da pessoa de Deus.
Não colocarás palavras na boca de Deus.
Não te esconderás atrás do nome de Deus.
Não usarás o nome de Deus para te justificares.
Não te relacionarás com uma idéia a respeito de Deus, senão com o próprio Deus.
Não semearás dúvidas respeito do caráter e da identidade de Deus.

IV - Lembra-te do sábado
Não deixarás de dedicar tempo exclusivamente para Deus.
Não deixarás de prestar atenção em Deus.
Não deixarás de descansar em Deus.
Não derivarás teu valor da tua produtividade.
Não tratarás a vida como tua conquista.
Não deixarás de reconhecer que em tudo dependes de Deus.

V - Honra teu pai e tua mãe
Não negarás tua origem.
Não terás vergonha do teu passado.
Não deixarás de fazer as pazes com tua história.
Não destruirás a família.
Não banalizarás a autoridade dos pais em relação aos filhos.
Não deixarás teu pai e tua mãe sem o melhor dos teus cuidados.

VI - Não matarás
Não tirarás a vida de alguém.
Não tirarás ninguém da vida.
Não negarás o perdão
Não farás justiça com tuas mãos movidas pelo ódio.
Não negarás ao outro a oportunidade de existir na tua vida.
Não construirás uma sociedade que mata.

VII - Não adulterarás
Não farás sexo.
Não farás sexo na imaginação.
Não farás sexo virtual.
Exceto com teu cônjuge.
Não te deixarás dominar pelos teus instintos físicos.
Não terás um coração leviano e infiel.
Não te satisfarás apenas no sexo, mas te realizarás acima de tudo no amor.

VIII - Não furtarás
Não vincularás tua satisfação às tuas posses.
Não te deixarás dominar pelo desejo do que não possuis.
Não usurparás a propriedade e o direito alheios.
Não deixarás de praticar a gratidão.
Não construirás uma imagem às custas do que não podes ter.
Não pensarás só em ti mesmo.

IX - Não dirás falso testemunho
Não dirás mentiras.
Não dirás meias verdades.
Não acrescentarás nada à verdade.
Não retirarás nada da verdade.
Não destruirás teu próximo com tuas palavras.
Não dirás ter visto o que não vistes.

X - Não cobiçarás
Não viverás em função do que não tens.
Não desprezarás o que tens.
Não te colocarás na condição de injustiçado.
Não desdenharás os méritos alheios.
Não duvidarás da equanimidade das dádivas de Deus.
Não viverás para fazer teu o que é do teu próximo, mas do teu próximo o que é teu.


Ed René Kivitz
Fonte: www.edrenekivitz.com.br

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domingo, 10 de julho de 2011

Heróis e heroinas

Título original: Pais heróis e mães heroínas do lar

Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos.

Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça.

A heroína do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá de implicar com a empregada.

O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra?


Envelheceram...

Nossos pais envelhecem.

Ninguém havia nos preparado pra isso.

Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.

Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.

Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.

Não fazem mais planos de longo prazo, agora se dedicam a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu.

Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos,
que relutam em aceitar o ciclo da vida.

É complicado aceitar que nossos heróis e heroínas já não estão no controle da situação.

Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina.

Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados e alguns chegam a gritar se eles se atrapalham com o celular ou outro equipamento e ainda não temos paciência para ouvir pela milésima vez a mesma história que contam como se acabassem de tê-la vivido.

Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.

Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi.

Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.

Com todas as nossas irritações, só provocamos mais tristeza àqueles que um dia só procuraram nos dar alegrias.

Por que não conseguimos ser um pouco do que eles foram para nós?

Quantas noites estes heróis e heroínas passaram ao lado de nossa cama, medicando, cuidando e medindo febres!

E nós ficamos irritados quando eles se esquecem de tomar seus remédios e ao brigar com eles os deixamos chorando, tal qual crianças que fomos um dia.

É uma enrascada essa tal de passagem do tempo. Ensinam-nos a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros...

Ainda mais quando os outros são nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar e sabíamos que estariam com seus braços abertos, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.

Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã, quando eles já não estiverem mais aqui conosco, possamos nos lembrar deles com carinho de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa.

Afinal, nossos heróis de ontem...

Serão nossos heróis eternamente...
“Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é capaz, adquirir novos hábitos e tolerar contradições” (Marie Von Ebner-Eschenbach)


Fonte: internet
Autor: Desconhecido
Colaboração: Eliete Almeida dos Santos

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Quem é Jesus?

Título original: O que é Jesus? Quem é Jesus? O que a Bíblia Diz?
Por: Pr. João R. de Gouveia e Pra. Izabel Gouveia

“O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?” (Malaquías 1:6).

Segundo Erich Fromm, o sucesso de Jesus Cristo na história é que ele é a idealização do homem. Projetamos nele o que gostaríamos de ser. Sua historicidade não conta. Sua figura é a projeção de nossas carências subjetivas. Fosse ele Zé das Couves, o impacto seria o mesmo. Porque ele não é tanto uma figura histórica. É a projeção de um anseio psicológico coletivo. Soa absurdo?

Há corinhos em que Jesus é uma figura abstrata, e não histórica. É um sentimento, não o Senhor. Num deles, a prova de que Jesus ressuscitou é “que vive em mim”. Isto não é argumento. Ele ressuscitou porque a Bíblia diz que ressuscitou. Porque é um evento histórico, com testemunhas. Porque seu impacto na história tem provado isso. Não porque “vive em mim”. Isso é como dizer: “Minha mãe morreu há muitos anos, mas vive em mim”. Mas está morta!

Dizia um pregador: “Receba Jesus e seja feliz”. As pessoas buscam felicidade, vista como bem-estar material. A maior parte dos crentes acha que a obra de Jesus é nosso bem-estar. Ele veio para nos fazer felizes. Poucos buscam santidade e compromisso. Disse alguém num culto: “Jesus me deu tudo o que eu tenho, a casa, os carros, os filhos saudáveis. Aceite Jesus e você terá tudo de bom na vida”. Ouvia-o um crente fiel e sério, com um filho pequeno com leucemia. Por que Jesus deu leucemia ao seu filho e não saúde? Dirá alguém que faz parte do “propósito de Deus”. O pai do leucêmico poderia perguntar: “Quem precisa desse Deus?”.

Deus deve ser amado pelo que é, não pelo que pode nos dar. E Jesus não é um “amigão”. É o Senhor. Deus nos abençoa. Jesus nos ama. O Espírito fortalece. Mas Deus não é Papai Noel, Jesus não é Aladim, e o Espírito não é fio desencapado eletrocutando pessoas para gritarem no culto. Não torne Jesus do seu tamanho, nem faça de seus insights a voz do Espírito: “Se está no meu coração, é de Deus, porque ele fala ao meu coração”. Seu coração é corrupto. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?” (Jr 17:9). Seu coração não é eco da voz de Deus. Você é pecador, não Deus. Sonhe, mas não cultue seus sonhos. Deus fala na sua Palavra. Leia a Bíblia e deixe de vaidade.

O Jesus real é o Jesus do Novo Testamento, não o da nossa cabeça. Não se pode privatizar Jesus, vendo-o por uma ótica pessoal. “Gosto de pensar em Jesus assim, ó…”. Essa privatização o rebaixa. Ele não é como queremos que seja. Para muitos, Jesus não é uma pessoa e sim um ideal. Ele não é como idealizamos. Ele é como a Bíblia mostra.

Pr. João R. de Gouveia e Pra. Izabel Gouveia
Fonte: www.estudosgospel.com.br

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Metamorfose

Por Ana Maria Ribas

De quantas mortes é feita a vida? Eu creio que “aos homens é dado morrer uma vez só e depois disso, o juízo”. Mas antes que cheguemos ao instante final denominado morte física, antes que o corpo separe-se da alma e do espírito, de quantas mortes foi feita a vida? Nisso eu quero pensar. Quero pensar nas pequenas mortes de cada dia. Quero pensar nas células do corpo, que por se renovarem periodicamente, estão sempre descartando as antigas. Quero pensar nos sonhos que acalentamos, e que um dia, foram sepultados antes mesmo de virem à existência. Quero pensar nos cenários que compuseram a nossa história e que saíram de cena. Houve um dia em que apagamos a luz daquela casa pela última vez. Houve um momento em que o nosso cotidiano se desfez. Houve um instante em que a cisão foi inevitável. Houve uma hora em que a paisagem mudou. Houve um tempo em que o amor que juramos eterno foi sacrificado. Houve um ano em que o caminho conhecido não pode mais ser percorrido. Pequenas mortes que aconteceram ao longo da vida que é viva, que flui, que é dinâmica, que segue o seu curso como o rio segue para o mar. Pequenas mortes que se interpuseram em nosso caminho e das quais, muitas vezes, nem nos damos conta a não ser quando tudo se constitui num grande passado. A isso os esotéricos dão o nome de ciclos da vida. Para eles, alguma coisa cármica se cumpre no momento em que a vida se renova. Para nós, alguma coisa peremptória aconteceu, mas só percebemos quando tudo já se cumpriu, quando fatias da realidade foram tombadas e desmembradas de nós.

Sem os ciclos que se completam de tempos em tempos, não avançaríamos, não haveria evolução e nem aprendizado. O que nos faz seres à imagem e semelhança de um Deus que nunca muda, paradoxalmente, é a nossa capacidade de transformação e de incessante busca por valores definitivos. O que nos leva a descartar os provisórios. Não importa muito que, na maior parte das vezes, troquemos valores provisórios por outros valores igualmente provisórios. O que importa é a sede que impulsiona a busca e impede a estagnação. Enquanto há busca, há confronto. Enquanto há confronto, há renovação. Enquanto há renovação, há vida espiritual sendo lapidada até que todos cheguemos à unidade da fé, à medida da plenitude do conhecimento de Cristo.

O que caracteriza um ser espiritual é que a sua vida é formada por ciclos que morrem para dar lugar a outros ciclos que renascem.

Mas nem todos são espirituais. Entre a humanidade existem aqueles que parecem estar totalmente satisfeitos com o mundo. Não há nada mais terrível do que uma pessoa plenamente satisfeita com o que o mundo lhe oferece. São supérfluas, vazias, ocas, sem conteúdo. São cidadãs desta terra e dela usufruem até o caroço. Pertencem a esse sistema mundano e são parte integrante dele, como o são o pó e a cinza da qual foram feitas.

A característica dessas pessoas é a acomodação espiritual. Adquirem um conjunto de dogmas e de crenças herdadas pela tradição e deles não se separam até o último suspiro. Não investigam, não indagam, não perquirem, não ousam colocar em cheque as teorias prontas que lhes foram incutidas. Torcem para o mesmo time, até quando o time já não existe mais. Cultuam o mesmo ídolo até quando o ídolo já se arrebentou. Rendem tributos ao deus da macroeconomia até quando já não sabem mais onde colocar dinheiro. Valorizam as atividades de dominação econômica até serem totalmente dominados por ela. Morrem sem aproveitar o último átimo de vida para gritar por socorro. Morrem avalizando o humanismo que nada pode fazer para lhes impedir a morte. Morrem endossando o sistema pelo qual viveram, lutaram e se perderam.

Eu conheço gente assim. Gente que se declara francamente a favor do mundo e que ainda no leito de morte faz uma declaração de amor para esse sistema de coisas falidas. Essas pessoas me fazem pensar que eu não sou daqui. Minha vida é caracterizada por mudanças. E graças a Deus por isso. O que eu acreditava a 20 anos atrás, não acredito mais. O que eu pensava a quinze anos atrás, não penso mais. O que eu sentia há dez anos atrás, não sinto mais. O que eu fazia há cinco anos atrás, não faço mais. As matérias elegíveis da minha vida mudaram de foco. Graças a Deus por isso. E quanto maior a mudança, maior é o sentimento de que Deus me move e me direciona para cima e para o alto.

Quando Ele me move, eu me movo. E enquanto Ele me mover, serei uma metamorfose ambulante sem aquela velha opinião formada sobre tudo.

Ana Maria Ribas
Fonte: www.anamariaribas.com.br

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Páscoa e Liberdade

Por: Mauro Meister

Tanto para o povo hebreu, que viveu durante 430 anos no Egito, quase todo esse tempo em regime de escravidão, quanto para os cristãos, a páscoa tem um significado essencial: libertação. Aproveitando-nos do tempo e da época em que, com grande estardalhaço de coelhos e ovos se comemora a páscoa comercial, que traz alguma esperança de livramento da opressão da crise econômica para muitos envolvidos no mundo dos negócios, convido o leitor a refletir sobre o significado básico deste precioso evento.

Quando se fala em libertação, presume-se que existe a liberdade, bem como o cerceamento dela. A sua existência carece de uma definição..., até mesmo para que possamos começar a conversar. Assim, nem a liberdade está livre de uma definição que a resuma, conceitue e lhe dê significado além da própria palavra. O conceito libertário, tão propagado nas décadas revolucionárias do final do século passado, em que o homem almejava ser “uma metamorfose ambulante”, livre de leis, de conceitos e opiniões formadas, tem provado ser uma ilusão e um caminho de degradação para a raça humana, pois a liberdade de um, nesse sentido, é a prisão de outros. A ideia de uma liberdade absoluta morre quando deixamos de defini-la. Logo, a liberdade só pode ser “liberdade para” ou “liberdade de”, mas nunca “liberdade” só.

A conhecida história da libertação dos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, registrada no livro do Êxodo (capítulo 12), mostra-nos estes dois lados da liberdade: “da” escravidão no Egito, onde eram oprimidos como etnia, e “para” adorar ao Deus de seus pais de maneira completa. Ali, o povo hebreu não só era escravo no corpo, mas escravo na mente, quando não tinha a liberdade de expressar a sua fé no Deus que havia se revelado aos seus antepassados e os convocava para a adoração verdadeira. O povo era escravo dos ídolos do Egito em suas mais variadas formas, fossem eles ídolos religiosos, culturais ou econômicos. Nem a liberdade de serem fecundos tinham, pois o soberano da nação mandou assassinar a todas as crianças do sexo masculino que nascessem de mães israelitas (Ex 1:16
"E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebréias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva"
)

A sua saída do Egito, às pressas depois que seus exatores foram fustigados pela mão de Deus, mostra-nos com clareza que a “liberdade de” tem como propósito a “liberdade para”. Disso os que foram libertados nunca poderiam esquecer, senão tornar-se-iam escravos mais uma vez. Deus lhes proveu uma maneira de manter isto vivo na memória: o povo poderia desfrutar da liberdade obedecendo ao que lhe era ensinado. Deveriam, todos os anos, reunir-se e celebrar a libertação comendo pães sem fermento durante uma semana, acompanhado de ervas amargas e com a carne de um cordeiro sem defeito, imolado para a ocasião especial. O pão lhes lembraria a rápida fuga, sem o tempo para a preparação do pão com fermento, quando deixaram um país e toda uma vida de escravidão para trás. As ervas seriam a lembrança do amargor de ser escravos e não ter liberdade “de” e “para”. [1] O sangue do cordeiro seria passado nas portas, lembrando-lhes que a sua liberdade foi a custo de sangue e intervenção divina. Assim também lembrariam que não deveriam escravizar outras pessoas.

Mais de um milênio depois da primeira páscoa, um homem chamado Jesus (em hebraico, Josué), nascido na cidade de Belém da Judéia (que foi o berço do grande rei Davi) e criado no vilarejo de Nazaré (lugar desprezado na “Galiléia dos gentios”), celebrava a Páscoa em Jerusalém junto com outros doze que o seguiam por toda a parte. Sabemos que havia pão e vinho à mesa. Provavelmente serviu-se o cordeiro assado, conforme mandava a lei. Supomos que, por obediência, afinal não houve outro que fosse obediente como Jesus, as ervas amargas estivessem presentes no centro, lembrando-lhes a escravidão passada e a amargura presente. Viviam na Terra Prometida, mas não tomaram posse dela. Tinham suas casas, mas não as possuíam. Criavam seus filhos na religião, mas não eram livres para servir ao Deus verdadeiro. Não eram estrangeiros, mas continuavam escravos. Quase todo o povo sabia desta amarga realidade, mas poucos ousavam articular as palavras que a revelasse. Seus líderes religiosos mentiam a si mesmos, dizendo: “somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém” (João 8.33). Eram escravos do seu próprio orgulho. Tinham os olhos cegos e o coração endurecido (Isaías 6.10), como o de Faraó, que não os deixara sair do Egito. [1]

O homem que coordenava a celebração naquele pequeno refeitório tinha uma clara missão: ensinar de maneira definitiva o significado da liberdade, exemplificar de maneira encarnada o que é ser livre e efetivar a libertação daqueles que viessem a conhecer a verdade. [3]. Como fez isto? Encarnando a própria páscoa, experimentando o profundo amargor de ser condenado sem culpa e morto, tornando-se o próprio cordeiro pascal, o Cristo (que significa o ungido, escolhido por Deus). [4]. Assim, o Cordeiro Pascal veio trazer “liberdade para” que o ser humano pudesse ser, amar, servir e conhecer a verdade. E “liberdade do” pecado escravizante que cega e não permite ao individuo saber, sequer, que é escravo. Não é liberdade absoluta, no sentido pretendido pelo modernismo e pós-modernismo, mas relativa e condicionada à verdade absoluta que a define. Parte fundamental do sentido de liberdade está no respeito ao próximo, que é amar ao próximo como a si mesmo, mas isto fruto de servir a Deus, amando-o do todo coração, força, alma e entendimento.

Como celebramos a liberdade cristã na Páscoa? Conhecendo a Verdade, amando a Deus e ao próximo, obedecendo àquele que nos ensinou a fazer, em memória dele, a encenação daquela última ceia pascal de que ele mesmo partilhou. Repetindo-a constantemente, lembrando-nos que Ele disse que estaria conosco até a consumação dos séculos.

Abençoada Páscoa a todos!


[1] Êxodo, capítulo 1, versos 13 e 14a: “então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão”.

[2] Êxodo, capítulo 7, verso 13.

[3] Evangelho de João, capítulo 8, verso 32: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

[4] "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado."


Mauro Meister
Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com

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quinta-feira, 31 de março de 2011

1Jo 1:8 - O pecado e o perdão

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”


A existência do pecado é uma realidade, ainda que muitos discordem disso nos dias de hoje. “Pecado” é uma tradução do grego “αμαρτια” e em seu sentido literal quer dizer: “errar o alvo”.

A humanidade foi criada a imagem e semelhança de Deus e deveríamos espelhar o Seu caráter. Sempre que agimos, falamos ou pensamos fora dos padrões estabelecidos pelo caráter Santo de Deus, pecamos, pois erramos o alvo do... propósito de Deus para nós em nossa criação. E o salário do pecado é a morte!

Mas Deus estabeleceu uma maneira para que pudéssemos nos livrar da culpa pelo pecado. Ele providenciou que outro morresse em nosso lugar. E para obter o perdão de nossos pecados só precisamos crer naquele que o Pai providenciou: Seu Filho Jesus Cristo – O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Pelo Seu amor inexplicável Deus nos proporcionou de graça a nossa salvação. Mas em nossa soberba acreditamos que podemos fazer algo que possa nos garantir o mérito da nossa redenção. Este engano nos afasta da maravilhosa dádiva do amor de Deus:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9)


Só Jesus tem o poder de nos purificar do pecado. Portanto
"se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1:9).


O perdão não depende daquilo que eu faço, mas daquilo que Jesus fez por mim,
“em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Efésios 1:7)

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sábado, 19 de março de 2011

Einstein e Deus

“A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.

Creio em um Deus... pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.

Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880.

Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. 

Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.

• Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.

• Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.

• Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.”

“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.

Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”


Albert Einstein

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Minha vida sem Deus

Por Ed René Kivitz

Outro dia me surpreendi me perguntando como seria minha vida se eu não acreditasse em Deus. Em termos positivos, quis saber a respeito da função de Deus em minha vida (já sei, você vai dizer que reduzi deus a uma coisa e estabeleci com ele uma relação mecânica e funcional, mas deixa pra lá, você vai ver que não é isso, só estou usando a melhor palavra que achei).

O primeiro impulso foi na direção da questão ética: Deus é minha matriz de certo e errado, bem e mal. Há muita coisa que faço e deixo de fazer na vida por acreditar que Deus é um padrão a ser seguido ou obedecido, não necessariamente por causa de Deus em si, mas a bem de quem o obedece ou segue: algo como seguir as orientações de um manual de instruções – você pode fazer do seu jeito, mas a coisa não vai funcionar, e o resultado não é que o manual vai ficar triste ou bravo com você, mas que a coisa não vai funcionar mesmo.

Logo depois desta conclusão rápida, me pareceu óbvio que Deus não seria a única alternativa para que eu tivesse uma orientação ética: os ateus e agnósticos também têm sua ética. O passo seguinte foi imaginar que outra função Deus ocuparia em minha vida além da referência ética.

Provavelmente você afirmaria o óbvio: Deus é aquele que cuida de mim, me protege, provê para o meu bem e minha felicidade. Embora eu acredite nisso, na verdade, não me basta, pois a vida está cheia de acontecimentos que me induziriam a acreditar exatamente o contrário. Caso eu dissesse a um cético que Deus é como um pai, mas um pai todo-poderoso que cuida de mim, certamente eu seria bombardeado de perguntas.

Como disse Robert De Niro: “Se Deus existe, ele tem muito o que explicar”. Além disso, estar sob o cuidado de um superprotetor não é a razão porque acredito em Deus: de fato, abro mão de ser protegido – minha solidariedade com a raça humana não me permite esperar melhor sorte do que a das crianças abandonadas, dos enfermos crônicos, dos miseráveis e vitimados pelas atrocidades dos maus. Ou Deus protege todo mundo, ou a proteção não serve como fundamento para a crença nele.

A ideia de um ser lá em cima fazendo e acontecendo aqui em baixo, como um mestre enxadrista que faz dos seres humanos peças num tabuleiro cósmico nunca me agradou. Mas mesmo assim, acredito nisso: sou daqueles que acredita que Deus está no controle do universo e da história. O que quero dizer é que não acredito em deus como se as coisas que acontecem ou deixam de acontecer fossem resultado de decisões divinas, do tipo: vou dar este emprego pra ele? vou curar esta criança? vou dar este câncer de mama para ela? vou fazer com que eles se casem?, e assim por diante, como se Deus fosse uma máquina de decisões que não para nunca e afeta tudo quanto existe em tudo quanto é lugar em relação a todo mundo.

A maneira como percebo Deus é mais ou menos como percebo o sol: ele simplesmente está lá. Acredito em Deus mais ou menos assim: Deus está, ou se preferir, Deus é. Assim como o sol irradia seu calor sem cessar, também Deus afeta tudo em todo lugar em relação a todo mundo. O sol não precisa tomar decisões: ele simplesmente está lá. Assim também em relação a Deus.

É verdade que nem todas as pessoas e nem todos os lugares são afetados pelo sol, e também que as pessoas e lugares que são afetados pelo sol experimentam o sol de maneira diferente e com conseqüências as mais variadas. Mas não por causa do sol. O sol está sempre lá e é sempre do mesmo jeito. O que muda é a realidade sobre a qual o sol incide: se a pessoa está à sombra é afetada de um jeito, se está descoberta é afetada de outro; o fruto do topo da árvore é afetado de um jeito, escondido entre as folhas, de outra; a água do lago é afetada de um jeito, empoçada, de outro; uma planta em boa terra e irrigada é afetada de um jeito, em solo ruim e seca, de outro. O sol está sempre lá e do mesmo jeito, aqui embaixo é que as coisas são diferentes.

Assim também em relação a Deus. Ele é, e sempre do mesmo jeito, as condições que lhe são dadas é que mudam: uma criança sozinha na rua e outra num ambiente familiar de afeto e amor; um homem que aproveitou bem suas oportunidades de estudo e formação profissional e outro que não teve a mesma sorte; alguém com uma doença congênita e outra pessoa com propensão atlética; a periferia do Haiti e o condomínio na Califórnia. Deus é, e sempre o mesmo, fluindo de maneira plena e equânime sobre tudo e todos, em todo tempo e lugar. As realidades sob sua influência é que são distintas. Por esta razão as conseqüências de sua influência são diversas e jamais podem ser padronizadas.

Já imagino o que você está pensando. Você acha que acabei de tirar a dimensão pessoal de Deus, e passei a tratar Deus como uma força ou uma energia. Faz sentido, mas tenho uma saída. A diferença entre Deus e uma força ou energia é que as forças e energias não afetam dimensões pessoais. Por exemplo, não é possível prescrever 30 minutos de banho de sol para adquirir capacidade de perdoar, 20 minutos de banho de chuva para se livrar do vício de mentir, ou 45 minutos de banho de luz para se encher de compaixão. Essas coisas: amor, perdão, misericórdia, justiça, solidariedade, pureza de coração, alegria e saudades são atributos pessoais, relativos a seres conscientes, auto-conscientes, com capacidades afetivas-emocionais, intelectuais e racionais, e volitivas. Por esta razão, o sol é apenas uma metáfora – incompleta, como toda metáfora – para Deus.

Deus não é uma energia ou uma força impessoal, mas o Ser–em–Si, fundamento pessoal de toda a realidade existente. Como disse São Paulo, apóstolo: em Deus somos, nos movemos e existimos.

Dallas Willard me ajudou muito a compreender isso quando afirmou que a principal maneira como somos afetados por Deus é através de “pensamentos e sentimentos que são nossos, mas não tiveram origem em nós”. Esta é minha experiência de Deus.

Continuo acreditando que Deus está no controle de tudo, é livre para tomar decisões e afetar a realidade conforme sua vontade, cuida de mim e de todo mundo, faz e acontece na história e nas minhas circunstâncias, dispões de pessoas para a vida e para a morte, e o que mais você quiser ou considerar necessário atribuir como capacidade e direito a alguém que seja chamado Deus, afinal, por definição, Deus é incondicionado e ilimitado. Mas todas estas coisas atribuídas a Deus me são imponderáveis e inacessíveis. O que me afeta de fato é que crendo em Deus e conscientemente me submetendo a Ele, experimento pensamentos e sentimentos que são meus, mas não têm origem em mim. Sou levado a um estado de ser ao qual jamais conseguiria chegar sozinho. Deus é meu interlocutor amoroso. Deus é meu companheiro de viagem.

O que acontece fora de mim, se Deus faz ou deixa de fazer, se foi ele quem fez ou deixou de fazer, não me diz respeito, minha razão não alcança, e, portanto, não é objeto de minha preocupação para caminhar pela vida. Mas o que acontece dentro de mim, isso sim, é tudo quanto eu tenho e me basta. Tudo quanto tenho para orientar a minha peregrinação existencial são sentimentos e pensamentos que são meus, muitos deles que não tiveram origem em mim. Isso é questão de fé. E essa é a minha fé: estou sob Deus, suplicante e humildemente dependente de seu amor para me tornar tudo quanto estou destinado a ser, independente do que me possa acontecer.

A mim me basta saber que em pastos verdejantes às margens de águas puras e cristalinas, ou no vale da sombra da morte, nada preciso temer, pois Deus está comigo, refrigerando-me a alma, guindo-me pelos caminhos da justiça por amor do seu nome. A mim me basta saber que se Deus é por mim, ninguém pode ser contra mim, pois nada pode me separar do amor de Cristo: nem tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada, pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Não sei como seria minha vida se eu não acreditasse em Deus. Muito menos se Deus não acreditasse em mim. E nem quero saber.


Ed René Kivitz

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

O brasileiro reclama do que?

O brasileiro é assim…

– Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

– Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

– Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração...

– Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.

– Fala no celular enquanto dirige.

- Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

– Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

– Viola a lei do silêncio.

– Dirige após consumir bebida alcoólica.

– Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

– Espalha mesas e churrasqueira nas calçadas.

– Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

– Faz gato de luz, de água e de tv a cabo.

– Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

– Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.

– Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

– Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.

– Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

– Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

– Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

– Compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.

– Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

– Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

– Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

– Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

– Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

– Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

– Falsifica tudo, tudo mesmo.. só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado…

– Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem…

– Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

...E quer que os políticos sejam honestos?

Escandaliza-se com a farra das passagens aéreas?

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo… ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?

Ou vai dizer que você nunca fez nada dessa lista? Heim?


Fonte: Internet
Autor desconhecido

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O ultrassom que mudou minha vida

A conversão pró-vida de Abby Johnson em suas próprias palavras

Nota: O texto seguinte é o primeiro capitulo do livro de Abby Johnson que está para ser publicado. Para mais informações sobre o livro, que será lançado em 11 de janeiro, clique aqui. Página em inglês.


CHERYL mostrou a cabeça na abertura da porta do meu escritório. “Abby, estão precisando de mais alguém lá na sala de exames. Você está disponível?”

Ergui os olhos da minha papelada toda, surpresa. “Certamente”.

Embora tivesse trabalhado na Federação de Planejamento Familiar* durante oito anos, eu nunca havia sido chamada para a sala de exames para ajudar a equipe médica durante um aborto, e eu não tinha ideia do motivo por que eu precisava agora... Quem auxiliava nos abortos eram as enfermeiras profissionais, não a equipe de funcionários da clínica. Como diretora desta clínica na cidade de Bryan, Texas, eu estava em condições de preencher qualquer posição se fosse absolutamente necessário, exceto, é claro, as posições dos médicos ou enfermeiras que realizavam procedimentos médicos. Eu tinha, em poucas ocasiões, concordado com o pedido de uma paciente de permanecer com ela e até segurar a mão dela durante uma operação, mas só quando eu havia sido a conselheira que havia trabalhado com ela durante a entrada e aconselhamento. Esse não foi o caso hoje. Então por que é que precisavam de mim?

O médico aborteiro em atendimento hoje tinha estado na clínica de Bryan apenas duas ou três vezes antes. Ele tinha um consultório particular de aborto a cerca de 160 km de distância. Quando eu havia conversado com ele sobre o emprego várias semanas antes, ele tinha explicado que em seu próprio consultório ele só fazia abortos guiados por ultrassom — a operação de aborto com o menor risco de complicações para a mulher. Pelo fato de que esse método permite que o médico veja exatamente o que está acontecendo dentro do útero, há menos chance de perfurar a parede uterina, um dos riscos do aborto. Eu respeitei isso nele. No que se referia a mim, quanto mais se pudesse fazer para manter as mulheres saudáveis e seguras, melhor. Contudo, eu havia explicado para ele que essa prática não era o protocolo em nossa clínica. Ele compreendeu e disse que seguiria nosso padrão de operação, embora concordássemos em que ele estava livre para usar o ultrassom se sentisse que uma situação particular justificasse isso.

Segundo sei, nunca tínhamos realizado abortos guiados por ultrassom em nossa clínica. Fazíamos abortos no sábado, a cada quinze dias, e a meta incumbida de nossa filial da Federação de Planejamento Familiar era realizar entre 25 e 35 operações naqueles dias. Gostávamos de terminá-los por volta das 14h. Nossas operações típicas levavam cerca de 10 minutos, mas um ultrassom aumentava para cinco minutos, e quando se está tentando agendar 35 abortos num só dia, esses minutos a mais contam.

Senti a relutância de um momento fora da sala de exames. Nunca gostei de entrar nessa sala durante uma operação de aborto — nunca vi com agrado o que acontecia por trás dessa porta. Mas já que todos tínhamos de estar prontos a qualquer momento para ajudar e realizar a tarefa, empurrei a porta para abrir e entrei.

A paciente já estava sedada, ainda consciente, mas grogue, a brilhante luz do médico iluminando sobre ela. Ela estava em posição, os instrumentos estavam colocados em ordem na bandeja ao lado do médico, e a enfermeira profissional estava posicionando a máquina de ultrassom perto da mesa de operação.

“Vou realizar um aborto guiado por ultrassom nesta paciente. Preciso que você segure a sonda do ultrassom”, explicou o médico.

Ao pegar a sonda do ultrassom na mão e ajustar as configurações da máquina, argumentei comigo mesma: “Não quero estar aqui. Não quero ter parte num aborto”. Não, atitude errada — eu precisava me preparar mentalmente para essa tarefa. Respirei profundamente e tentei me sintonizar com a música do rádio que estava tocando suavemente no fundo. “É uma boa experiência de aprendizado — nunca vi um aborto guiado por ultrassom antes”, eu disse para mim mesma. “Talvez isso me ajude quando eu aconselhar mulheres. Aprenderei de primeira mão sobre esse procedimento mais seguro. Além disso, tudo estará terminado em questão de poucos minutos”.

Eu não poderia imaginr como os próximos 10 minutos abalariam os alicerces dos meus valores e mudariam o curso da minha vida.

Eu tinha ocasionalmente realizado ultrassons de diagnóstico para clientes antes. Era um dos serviços que oferecíamos para confirmar as gravidezes e avaliar quanto estavam avançadas. A familiaridade de se preparar para um ultrassom aquietou meu desconforto de estar nessa sala. Apliquei o lubrificante na barriga da paciente, então manobrei a sonda do ultrassom até que o útero dela foi mostrado na tela e ajustei a posição da sonda para capturar a imagem do feto.

Eu esperava ver o que eu tinha visto em ultrassons passados. Geralmente, dependendo do avanço da gravidez e da posição do feto, eu veria primeiro uma perna, ou a cabeça, ou alguma imagem parcial do tronco, e precisaria manobrar um pouco para obter a melhor imagem possível. Mas desta vez, a imagem estava completa. Eu conseguia ver o perfil inteiro e perfeito de um bebê.

“Parece-se com Grace aos três meses”, pensei, surpresa, recordando da minha própria experiência de ver minha filha, três anos antes, aninhada em segurança dentro do meu útero. A imagem agora diante de mim parecia a mesma, só que mais clara e nítida. Os detalhes me deixaram perplexa. Eu conseguia ver claramente o perfil da cabeça, os braços, as pernas e até os dedinhos dos pés e das mãos. Tudo perfeito.

Mas muito rapidamente, a vibração com a memória emocionante de Grace foi substituída por uma onda de ansiedade: “O que estou para ver?” Meu estômago começou a ficar apertado. “Não quero assistir ao que está para acontecer”.

Suponho que isso parece esquisito vindo de uma profissional que vinha administrando uma clínica da Federação de Planejamento Familiar durante dois anos, aconselhando mulheres em crise, agendando abortos, revisando os relatórios mensais de orçamentos da clínica e treinando as funcionárias. Mas esquisito ou não, o fato simples é, nunca tive interesse em promover o aborto. Eu tinha me envolvido com a Federação de Planejamento Familiar oito anos antes, crendo que seu propósito era principalmente impedir gravidezes indesejadas, reduzindo assim o número de abortos. Essa tinha sido minha meta. E eu cria que a Federação de Planejamento Familiar salvava vidas — as vidas das mulheres que, sem os serviços fornecidos por essa organização, poderiam recorrer a algum açougueiro de fundo de quintal. Tudo isso passou rápido pela minha mente enquanto eu estava cuidadosamente segurando a sonda no lugar.

“Treze semanas”, ouvi a enfermeira dizer depois de tomar as medidas para apurar a idade do feto.

“Certo”, disse o médico, olhando para mim, “apenas segure a sonda no lugar durante a operação de modo que eu consiga ver o que estou fazendo”.

O ar levemente frio da sala de exame me deu uma sensação de calafrio. Meus olhos estavam ainda fixos na imagem desse bebê perfeitamente formado. Eu estava assistindo enquanto uma nova imagem entrava na tela do vídeo. A cânula — um instrumento em forma de canudo ligado à extremidade do tubo de sucção — havia sido inserida no útero e estava se aproximando do lado do bebê. Parecia um invasor na tela, fora de lugar. Errado. Parecia simplesmente errado.

Meu coração estava batendo aceleradamente. O tempo estava andando devagar. Eu não queria olhar, mas não queria parar de olhar também. Eu não conseguia assistir.

Fiquei horrorizada, mas fascinada ao mesmo tempo, como alguém acanhado que diminui a velocidade enquanto passa de carro por algum horrível acidente de carro — não querendo ver um corpo mutilado, mas apesar de tudo olhando.

Meus olhos voaram para a face da paciente; lágrimas escorriam dos cantos dos olhos dela. Eu podia ver que ela estava sofrendo. A enfermeira tocou levemente a face da mulher com um lenço.

“Apenas respire”, a enfermeira gentilmente a instruiu. “Respire”.

“Já está quase no fim”, sussurrei. Eu queria ficar focada nela, mas meus olhos rapidamente voltaram para a imagem na tela.

No começo, o bebê não estava consciente da cânula, que gentilmente examinou o lado dele, e por um rápido segundo senti alívio. “É claro”, pensei. O feto não sente dor. Eu tinha assegurado a inúmeras mulheres disso conforme a Federação de Planejamento Familiar havia me ensinado. “A massa fetal nada sente quando é removida. Por isso, controle-se, Abby. Essa é uma operação simples e rápida”. Minha cabeça estava trabalhando muito para controlar minhas reações, mas eu não estava conseguindo abalar uma inquietação interior que estava rapidamente se transformando em terror enquanto eu assistia à tela.

O próximo movimento foi o súbito puxão de um pezinho enquanto o bebê começou a dar chutes, como se estivesse tentando se afastar do invasor examinador. À medida que a cânula pressionava o lado dele, o bebê começou a lutar para virar e escapar. Parecia claro para mim que ele estava conseguindo sentir a cânula, e ele não estava gostando do que estava sentindo. E então a voz do médico cortou o ar, me espantando.

“Mais luz aqui, Scotty”, ele disse despreocupadamente para a enfermeira. Ele estava dizendo a ela que ligasse a sucção — numa operação de aborto a sucção não é ligada até o médico sentir que tem a cânula exatamente no lugar certo.

Tive um impulso súbito de gritar “Parem!” para abalar a mulher e dizer: “Olhe para o que está acontecendo com o seu bebê! Acorde! Rápido! Impeça-os!”

Mas ao mesmo tempo em que pensei nessas palavras, olhei para a minha mão segurando a sonda. Eu era um “deles” realizando esse ato. Meus olhos rapidamente voltaram para a tela de novo. A cânula já estava sendo girada pelo médico, e agora eu conseguia ver o corpinho sendo violentamente torcido pela cânula. Nesse momento brevíssimo parecia como se o bebê estivesse sendo torcido como um pano de prato, torcido e espremido. E então começou a desaparecer dentro da cânula diante dos meus olhos. A última coisa que vi foi a espinha dorsal, pequenina e perfeitamente formada, sendo sugada pelo tubo, e então se foi. E o útero estava vazio. Totalmente vazio.

Fiquei petrificada, sem poder acreditar. Sem perceber, larguei a sonda, que deslizou pela barriga da paciente e foi parar numa das pernas dela. Eu estava conseguindo sentir meu coração batendo muito — batendo tão forte que meu pescoço palpitava. Tentei respirar fundo, mas parecia que eu não estava conseguindo respirar. Meus olhos ainda estavam parados na tela, ainda que estivesse escura agora porque eu tinha perdido a imagem. Mas eu estava longe de tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Eu me sentia chocada e abalada demais para me mover. Eu estava consciente do médico e da enfermeira tendo um bate-papo causal enquanto trabalhavam, mas tudo parecia distante, como vago barulho no fundo, difícil de ouvir com todo o som da pulsação do meu próprio sangue em meus ouvidos.

A imagem do corpinho, mutilado e sugado, estava rodando de novo na minha mente, e com ela a imagem do primeiro ultrassom de Grace — como ela tinha aproximadamente o mesmo tamanho. E eu podia ouvir em minha memória um dos muitos argumentos que eu tive com meu marido, Doug, acerca do aborto.

“Quando você estava grávida de Grace, não era um feto; era um bebê”, Doug havia dito. E agora isso me atingiu como um raio. “Ele estava certo! O que estava no útero dessa mulher a apenas um momento atrás estava vivo. Não era apenas massa, apenas células. Era um bebê humano. E estava lutando por sua vida! Uma batalha que ele perdeu numa fração de segundos. O que eu disse para as pessoas durante anos, o que tenho crido, ensinado e defendido, é mentira”.

De repente senti os olhos do médico e da enfermeira em mim. Fiquei abalada e sem saber o que pensar. Notei a sonda caída na perna da mulher e tateei para colocá-la de volta no lugar. Mas minhas mãos estavam tremendo agora.

“Abby, está tudo bem com você?” o médico perguntou. Os olhos da enfermeira sondaram a minha face com preocupação.

“Sim, estou bem”. Eu ainda não tinha conseguido colocar a sonda na posição correta, e agora eu estava preocupada porque o médico não estava conseguindo ver o interior do útero. Minha mão direita segurava a sonda, e minha mão esquerda descansava timidamente na barriga quente da mulher. Dei uma espiada rápida na face dela — mais lágrimas e uma expressão facial de sofrimento. Movi a sonda até recapturar a imagem do útero dela agora vazio. Meus olhos voltaram a olhar minhas mãos. Olhei para elas como se nem fossem minhas.

Quantos estragos essas mãos fizeram durante os oito anos passados? Quantas vidas foram tiradas por causa delas? Não só por causa das minhas mãos, mas também por causa das minhas palavras. E se eu tivesse conhecido a verdade, e se eu tivesse contado a todas aquelas mulheres?

E se?

Eu havia acreditado numa mentira! Eu havia cegamente promovido o “programa da empresa” por muito tempo. Por quê? Por que eu não tinha feito pesquisas para descobrir a verdade por mim mesma? Por que eu fechei os ouvidos para os argumentos que eu havia ouvido? Oh, Deus, o que eu havia feito?

Minha mão ainda estava na barriga da paciente, e eu estava tendo a sensação de que eu tinha acabado de arrancar dela algo com essa mão. Eu a tinha roubado. E minha mão tinha começado a doer — eu estava sentindo uma real dor física. E bem ali, quando eu estava em pé ao lado da mesa, com a mão na barriga da mulher em choro, este pensamento veio do fundo de dentro de mim:

“Nunca mais! Nunca mais”.

Entrei num estado automático, agindo como um robô. Enquanto a enfermeira limpava a mulher, eu afastava a máquina de ultrassom. Então, gentilmente despertei a paciente, que estava mancando e grogue. Eu a ajudei a se sentar, convenci-a a usar uma cadeira de rodas, e levei-a à sala de recuperação. Envolvi-a num cobertor leve. Como tantas pacientes que eu tinha visto antes, ela continuou a chorar, em óbvio sofrimento emocional e físico. Fiz tudo o que pude para deixá-la com mais conforto.

Dez minutos, talvez 15 no máximo, haviam passado desde que Cheryl tinha pedido para eu ajudá-la na sala de exames. E nesses poucos minutos, tudo mudou. Drasticamente. A imagem daquele bebezinho se torcendo e lutando ficou rodando de novo na minha mente. E a paciente. Senti-me tão culpada. Eu havia tirado algo precioso dela, e ela nem mesmo sabia disso.

Como é que isso tinha vindo a ocorrer? Como é que deixei isso acontecer? Eu havia investido a mim mesma, meu coração, minha carreira na Federação de Planejamento Familiar porque eu me importava com as mulheres que estavam em crise. E agora eu mesma estava enfrentando uma crise que era só minha.

Recordando agora aquele dia no final de setembro de 2009, compreendo como Deus é sábio por não revelar nosso futuro para nós. Se eu soubesse então a tormenta que eu estava para sofrer, talvez eu nunca tivesse a coragem de ir em frente. De qualquer forma, já que eu não sabia, eu não estava ainda buscando coragem. Contudo, eu estava buscando compreender como me encontrei nesse lugar — vivendo mentiras, espalhando mentiras e trazendo sofrimento para as próprias mulheres que eu tanto queria ajudar.

E eu precisava desesperadamente saber o que fazer em seguida.

Esta é a minha história.
Abby Johnson
Fonte: juliosevero.blogspot.com

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