Este acontecimento, claro, tornou-se uma febre, não só na internet, mas também nos mais variados meios de comunicação e, obviamente, atiçou a criatividade de muitos cartunistas e humoristas que souberam aproveitar bem este momento, assim como muitos colunistas. Por isso, eu não poderia deixar essa passar. Confiram:
Também já temos disponível na rede joguinhos como “Sapatadas da Vingança” (http://charges.uol.com.br/) onde podemos praticar nossa pontaria! O final achei bem engraçado, por sinal!
Visualise melhor aqui - http://stripgenerator.com/strip/195592/
No "Metro" desta quinta-feira, dia 18 de dezembro, foi publicado um texto de Rodrigo Leão (diretor de criação da Casa Darwin) que eu gostei muito e quero compartilhar com vocês. Confiram...
Homem-barata contra o Sapato voador
A grande pergunta desta semana é a seguinte: seria o jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi muito ruim de mira ou seria o presidente americano George W. Bush ágil como um jovem lutador de boxe mexicano?
Quando resolveu arremessar seus sapatos na cara do americano, o repórter al-Zaidi certamente considerou as conseqüências de seu ato. Talvez isso tenha abalado a sua mira. Segundo seu irmão declarou à BBC, desde o atentado (que nome se dá a um atentado com um sapato? Sapateado?) o repórter já teria ficado com as mãos e as costelas quebradas, teria sofrido hemorragia interna e teria ficado com o olho danificado pelas sistemáticas surras a que teria sido submetido na prisão (que ninguém sabe onde fica, bem ao estilo George W. Bush). Mas, convenhamos, faltou frieza. Faltou a paradinha na marca do pênalti. Faltou a malícia do craque. Muntazer al-Zaidi é o Paolo Rossi da sapatada. Quando errou a pontaria, lançou contra a parede as esperanças de todo o planeta.
Perdemos assim a chance do “grand finale” perfeito, o terceiro ato que fecharia o círculo do drama que foram estes oito anos, o atentado perfeito — à altura da dignidade que Bush emprestou ao cargo eletivo mais importante do mundo: a de uma barata.
Mas examinemos a segunda hipótese: a de que Bush, como as baratas, é realmente um ser extraordinário, um habilidoso sobrevivente, capaz de fintar qualquer ataque seja com sapato, tamanco ou inseticida em spray. Nesse caso, foi ingenuidade do repórter iraquiano imaginar, acertaria um picareta que cresceu se esquivando dos estudos e da lei, que se esquivou do alistamento obrigatório quando fugiu da Guerra do Vietnã e da recontagem auditada de votos na curiosa eleição de 2000. Ora, se tem uma coisa, a única coisa que G. W. Bush sabe fazer direito na vida é se esquivar. Como Oscar de la Hoya, que poderia ter fechado sua carreira no boxe com chave de ouro, Muntazer al-Zaidi deixa o ringue como um perdedor por ter subestimado seu adversário.
Sabemos todos que só uma condenação na corte internacional para criminosos de guerra poderia fazer justiça à Bush. Mas sabemos também que isso não vai acontecer nunca com um presidente americano. Porém, agora que Muntazer al-Zaidi deu o exemplo, não seria nada mal se por todos os lugares que passasse, pelo resto de sua vida na terra, George ‘Walker’ Bush, fosse recebido sempre com sapatadas. Sapatos de todos os tipos, tamanhos e formas sempre voando em sua direção sem nunca dar-lhe um segundo sequer de paz. O destino perfeito para essa barata que foi longe demais.
Rodrigo Leão
popprop.wordpress.com
Visualise melhor aqui - http://stripgenerator.com/strip/195704/
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