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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Os padrões de Deus

Por Maurício Barbosa

Creio que está claro para cada um de nós que os padrões de Deus para nossa vida não seguem os padrões habitualmente aplicados pelos homens em nossos dias. O conselho da humanidade diz que você deve ter ganância, passar por cima de tudo e de todos se quiser ser alguém na vida, se quiser chegar a algum lugar e vencer. No entanto, aqueles que escolherem viver segundo os padrões de Deus, devem prestar atenção nesse importante detalhe, pois não será assim conosco. Jesus diz que se você quiser ser grande no Reino dos Céus deverá ser humilde aqui. Se quiser ser alguém importante para Deus, deverá ser simples para com os homens, servindo-os, atendendo-os em suas necessidades. Em outras palavras, as coisas no Reino de Deus andam na contramão das coisas do reino dos homens.



Oração

Pai, para andar na contramão do atual sistema preciso da sua força e da sua graça. Eu sei que posso contar contigo para fazer tudo conforme a sua vontade.


Pr. Maurício Barbosa
IDPB - Lorena - SP

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um grande exemplo, uma grande lição de vida!



É difícil assistir a isso e não se emocionar. É difícil porque isso me lança no rosto o quanto estou distante do verdadeiro evangelho, do "ide".... Me mostra o quanto me falta para ser "sal da terra" e "luz do mundo". Isso nos mostra que, ao contrário do que muitos imaginam, não é tão difícil fazermos a diferença, afinal. Só precisamos de um pouco de força de vontade, só nos falta um pouco mais de amor! Só precisamos colocar de lado, um pouco da nossa própria vida, um pouco dos nossos próprios prazeres, um pouco das nossas próprias realizações - o ideal seria fazer desse amor a nossa maior realização!

Achei interessante o que ela disse num determinado ponto: "...sou uma criança normal. Eu brinco quanto tenho tempo...". Ela realmente perdia sua própria vida em favor da verdadeira vida...

"Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á" (Mt 10:39)

...e nem se importava com isso!

Que grande exemplo! Que grande lição de vida!

Senhor tenha misericórdia de mim, porque estou longe de ti! E me dê simplicidade e vontade para me achegar mais a ti!

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Evolução darwiniana e involução do jornalismo

Por Silvio Motta Costa

Em tom de reverência teológica, senão litúrgica, Veja (edição 2099, de 11/2/2009) dedicou várias páginas ao seu deus: Charles Darwin. O artigo pinta Darwin como um revolucionário; embora não fale explicitamente, sugere que Darwin está muito acima de qualquer outro cientista, como Newton, Pasteur, Von Braun, entre outros. O artigo afirma categoricamente que os argumentos por ele exarados foram definitivamente comprovados e aquilo que não foi está a caminho, ou seja, todas as pesquisas recentes da microbiologia, física quântica, bioquímica etc., "comprovam" que tudo que Darwin falou aconteceu.

Veja simplesmente ignora Michael Behe (que escreveu A Caixa Preta de Darwin), Bayle, o brasileiro Marcos Eberlin e outros grandes nomes da ciência moderna que questionam o modelo evolucionista. Em seu afã de defender seu deus (Darwin) e sua pseudo-igreja (a Ciência) dos "hereges", Veja usa até mesmo argumentos de Francis Collins, um dos principais mapeadores do DNA humano, um teísta declarado, que disse: "Usar ferramentas da ciência para discutir religião é uma atitude imprópria e equivocada. A Bíblia não é um livro científico. Não deve ser levado ao pé da letra".

Se você leu o livro de Collins e se leu suas declarações por inteiro, entende que a Bíblia realmente não é um livro científico, mas a ciência apenas comprova um Criador, um Deus verdadeiro. Essa fala de Collins em nenhum momento sugere, como Veja tenta fazer crer, que a Bíblia é um livro fantasioso e sem credibilidade.

Quem questiona é retrógrado

A revista cita a angústia de Darwin com sua própria teoria, pois ele foi religioso por muito tempo; diz que biólogos viram a evolução ocorrer em tempo real em Galápagos. Mas a verdade é que mutações ocorrem em tempo real em Galápagos e em qualquer lugar, mas em nenhum momento os "tentilhões galapaguianos" chegaram a tornar-se papagaios ou outro bicho qualquer. No início do século 20, Thomas Hunt Morgan já havia estudado 500 gerações seguidas da mosca drosophila, que apresentaram grandes variações genéticas, mas não chegaram a se transformar em nova espécie, assim como os tentilhões de Galápagos, que ainda não viraram papagaios ou "papagalápagos".

Veja ignora que muitos cientistas são criacionistas e que muitos outros não são criacionistas, mas rejeitam o darwinismo por razões estritamente científicas (como o supracitado Michael Behe). Outros ainda são darwinistas que afirmam que o darwinismo não está respondendo às questões que se propôs responder.

A revista pinta de forma exagerada, insidiosa e irresponsável um conflito entre ciência e religião, como se todas as pessoas religiosas fossem fanáticas e medievalistas; como se todas elas tivessem ódio ao darwinismo por ser ateísta. O artigo dá a entender que um sujeito religioso rejeita que ocorre seleção, quando, na verdade, isso é amplamente aceito por cristãos esclarecidos. Diz também que os cristãos rejeitam qualquer aspecto científico sobre o qual a Bíblia não fala. É outra falácia. Cristãos crêem que a Bíblia não é um compêndio científico e buscam na ciência compreender o Criador e Sua obra em matérias a respeito das quais a Bíblia nada menciona.

Um artigo à página 88 admite que fé e ciência já dialogaram, mas esse diálogo foi superado, pois "atraso mesmo está na aceitação literal da Bíblia em questões científicas". Admite que cientistas têm limites, mas, apesar desses limites, tudo que a evolução prega é verdadeiro; logo, quem a questiona é retrógrado, especialmente se o fizer por razões religiosas.

Igreja coloca-se "em seu lugar"

Involução (retrocesso) do jornalismo mais fraco. No dia 22 de janeiro deste ano, a sede do jornal Correio Popular, em Campinas, sofreu um atentado à bomba. Por sorte, conseguiram tirar o artefato antes que explodisse. Atentados a jornais e revistas ocorreram muitas vezes nas ditaduras pelas quais o Brasil passou e estão acontecendo com freqüência assustadora em jornais de pequeno e médio porte. Jornais estão sendo ameaçados também juridicamente, pois muitos juízes corruptos sentem-se incomodados com a imprensa.

O lamentável é quando um órgão de imprensa que deveria ser o defensor por excelência da liberdade de opinião luta contra essa cláusula pétrea do Estado de Direito que cada cidadão deve defender. Veja diz:

"Em sua profissão de fé, eles [os que têm fé religiosa] têm o direito de acreditar que Deus criou o mundo e tudo o que existe nele. Coisa bem diferente é querer impingir [apresentar outras opiniões aos outros é impor] essa maneira de enxergar a natureza às crianças de idade escolar, renegando fatos comprovados [será??] pela ciência. Essa atitude [fazer o uso pleno da liberdade de expressão e opinião, discordando inclusive da maioria] nega às crianças os fundamentos da razão, substituindo-os pelo pensamento sobrenatural [a revista insiste em que o fato de alguém crer no sobrenatural faz desse alguém um idiota]."


Veja elogia a Igreja Católica: "A Igreja Católica aceitou há bastante tempo que sua atribuição é cuidar da alma de seu 1 bilhão de fiéis e que o mundo físico é mais bem explicado pela ciência", e completa citando o congresso evolucionista promovido pelo Vaticano em março do ano passado.

Aí temos um fato a questionar. A Igreja Católica perseguiu cientistas e agora tenta acalmá-los colocando-se submissa a eles; a Igreja também atribuiu a si, no passado, cuidar apenas de religião, enquanto a África era massacrada pela deportação e escravização de sua população; silenciou sobre o massacre indígena no novo mundo e ficou cuidando de religião; a Igreja também vem combatendo a pesquisa de células-tronco em nome da fé; a Igreja (juntamente com outras igrejas cristãs) se manteve quieta com Hitler cuidando de religião; nas várias ditaduras impostas aos povos latino-americanos, a Igreja ficou eu seu lugar e os caudilhos gostaram muito disso. O fato de uma igreja colocar-se "em seu lugar", permitindo a opressão, é algo a se lamentar. No caso, quando uma igreja se submete ao status quo do momento, e esse status quo pressupõe a supressão de um direito básico – o de livre expressão de conceitos e idéias – um órgão de imprensa responsável deve lamentar e não elogiar.

"Arriscar" todas as possibilidades

Veja abriu espaço para os dissidentes, não para mostrar o outro lado da moeda, mas para lamentar o fato de eles existirem, pois o importante é o pensamento único.

À página 84, um artigo lamenta que em escolas confessionais "Darwin é só mais uma teoria", ignorando que para muitos cientistas (não-cristãos, inclusive) o darwinismo é uma teoria ultrapassada, e negando o fato de que muitos cientistas de renome questionam essa teoria; coisa que não ocorre com a teoria da relatividade de Einsten, por exemplo.

Veja insiste em repetir em várias de suas páginas que os cristãos estão insuflando uma luta irracional contra o darwinismo, quando o que ocorre é bem o contrário. Cita a lei da Louisiana que obriga incluírem-se teorias paralelas ao darwinismo para "ajudar o professor a criar nas escolas um ambiente que promova o pensamento crítico, a análise objetiva das teorias científicas... deve-se incentivar os alunos a analisar com objetividade as teorias estudadas". Ora a lei foi feita porque as crianças estão sendo forçadas a se submeter-se ao pensamento único, e os pais querem que os filhos conheçam outras idéias. A revista se esquece que lá sempre houve pessoas que lutaram ousadamente por esse direito.

Veja se alegra com o fato de o filme criacionista Expelled ter sido massacrado pela crítica. Mas vale lembrar que a crítica também massacrou o filme JFK. Mesmo assim, 90% dos norte-americanos acham que houve conspiração para assassinar o presidente Kennedy, como o produtor Oliver Stone sugere no filme. A semanal lamenta também que os Estados Unidos, um país que bate todos os recordes científicos, estejam sendo "enredados" ao permitir outras idéias sobre as origens sejam expostas. O fato é que a grandeza dos Estados Unidos consiste justamente em permitir que se"arrisquem" todas as possibilidades, mesmo as não aceitas pela maioria.

Um dia sinistro

A revista insiste que as escolas religiosas podem ensinar criacionismo em aulas de religião, mas nunca em aulas de ciências; lembre-se de que para tudo dar certo a"religião tem que ficar em seu lugar". Nas ditaduras foi assim e tudo deu certo. Para que essa confusão de liberdade de expressão?

O Mackenzie refuta as críticas categoricamente, dizendo que é criacionista há 138 anos, e as escolas adventistas também têm esse enfoque há mais de um século. O Ministério da Educação nada pode fazer quanto a isso, mas quer que criacionismo apareça em aulas de religião e evolucionismo, em ciências, almejando, juntamente com a revista, o pensamento único. "A triste novidade", diz Veja, "é que, na maioria das escolas mantidas por confissões evangélicas, o criacionismo passou a ser ensinado também nas aulas de ciências e de biologia, dividindo território com o evolucionismo de Charles Darwin."

Nessa separação ciência-religião, Veja insiste: os retrógrados religiosos podem existir desde que aceitem que suas idéias fiquem com eles e não sejam debatidas com os outros. Isso é uma educação opressora; também nega a multidisciplinaridade que faz parte da pedagogia moderna. Ou seja, devem-se contrapor várias formas de saberes de conteúdos diferentes, não dividi-los em matérias "estanques".

Felizmente, existem muitas outras revistas e jornais para se ler porque ainda temos a liberdade de expressão e lutamos por ela. Embora os brasileiros tenham crenças diferentes, une-os a fé na liberdade plena. Se um dia tivermos o pensamento único que Veja quer, escolas serão fechadas por ditadores, grevistas serão massacrados pela polícia, jornais e revistas acabarão proibidos de circular por razões ideológicas ou políticas, juízes farão julgamentos subservientes aos caudilhos; áreas de reserva ambiental serão desmatadas porque os cientistas do poder não vêem nenhum dano ao bem comum (mesmo sem estudar o impacto ambiental); inocentes serão presos por subversão.

E as igrejas? As igrejas ficarão nos seus devidos lugares sem incomodar a ordem pública, apenas acalmando aqueles que sofrem as mazelas de uma ditadura que parecia o triunfo do bem.

Nesse dia sinistro, a revista Veja será também riscada do mapa e não poderá reclamar disso, pois o pensamento único que ela defendeu tão veementemente fechou a boca, bloqueou o computador, proibiu o jornalismo livre e independente que ela desprezou em seus dias gloriosos de liberdade, quando todos podiam expressar o que acreditavam incondicionalmente.


Silvio Motta Costa
Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br

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Criacionismo nas escolas

Por Solano Portela
Criacionismo nas Escolas? Breve Histórico da Controvérsia Recente e uma Posição Pessoal

A. Breve histórico da Controvérsia Recente:


1. Em novembro de 2008 o jornalista Marcelo Leite, da Folha de São Paulo, procurou o Mackenzie após tomar conhecimento que livros do Sistema Mackenzie de Ensino (SME) continham referências ao Criador e à Criação, ou seja: ensinavam o criacionismo. Ele fez entrevistas com o Rev. Dr. Augustus Nicodemus (como Chanceler da instituição), com o Rev. Dr. Mauro Meister (o assessor teológico-filosófico do programa), e com o Diretor de Ensino e Desenvolvimento da instituição, que dirige, entre outras coisas, os Colégios Presbiterianos Mackenzie (São Paulo, Tamboré e Brasília) e o SME.

2. O jornalista Marcelo Leite publicou o seu artigo, no domingo 30.11.2008, retratando aproximadamente o que ocorre, mas com a usual tendência de ridicularizar e distorcer quem não reza pela cartilha evolucionista.

3. O artigo teve uma repercussão bem acima da média e o seu blog, geralmente com 4 a 5 comentários por artigo, após a publicação deste artigo, ultrapassou 150 comentários, em duas semanas. A maioria destes, como se espera, fazendo coro no ataque ao criacionismo. Alguns outros, muito bons, em defesa do ensino. Vários pastores presbiterianos postaram comentários, naquela ocasião.

4. Nas duas semanas subsequentes, entre 01 a 12.12.2008 a Folha de São Paulo não passou um dia sem que o assunto “criacionismo” deixasse de freqüentar a coluna de carta dos leitores (Painel do Leitor). Isso despertou o interesse do restante da Mídia e da própria Folha, para continuidade da abordagem.

5. A Folha abordou o Dr. Christiano Silva Neto, conhecido criacionista, para que escrevesse uma posição a favor do criacionismo, colocando na mesma página outra posição contra, do evolucionista da Universidade Federal da Bahia, Charbel Niño El-Hani. Esses dois artigos foram publicados no sábado 06.12.2008, gerando ainda mais cartas sobre o tema.

6. O jornal O Estado de São Paulo fez, então, igual abordagem e entrevista e publicou, no caderno “Educação”, em 08.12.2008, uma reportagem sobre criacionismo nas escolas, dando a posição do Colégio Batista de São Paulo, do Mackenzie e de Colégios Adventistas. Essa reportagem ressaltou que nas escolas católicas “não há conflitos entre fé e teoria evolucionista”.

7. Essas notícias foram debatidas em vários BLOGS, como no do Mestre Enézio de Almeida Filho e no do conhecido Jornalista Reinaldo Azevedo.

8. Em 10.12.2008 a Globo News esteve no Mackenzie, com suas câmeras, repórteres, etc., e entrevistaram os Drs. Mauro Meister e Augustus Nicodemus, bem como a Diretora do Colégio de São Paulo, e coordenadora do SME, Profa. Débora Muniz. Os programas resultantes dessas gravações estão sendo levados ao ar em quatro segmentos neste mês de fevereiro de 2009.

9. Em 13.12.2008, a Folha de São Paulo, na página C-4, publicou mais uma reportagem de página inteira. Nela, o Mackenzie é mencionado nominalmente, contrapondo a instituição ao Ministério da Educação, com várias provocações. Fotos mostraram a entrada e nome do Colégio Presbiteriano Mackenzie, o livro de Ciências, etc. A manchete tentava colocar o MEC em oposição ao ensino do criacionismo, mas a reportagem não conseguiu qualquer pronunciamento oficial do órgão. As escolas que assim ensinam operam dentro da perfeita legalidade, mui especialmente as instituição confessional, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 20. Este especifica a existência da escola confessional, assegurando assim a “pluralidade de visões” no cenário educacional brasileiro.

10. Em 14.12.2008, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma entrevista/artigo, em destaque, com a Dra. Roseli Fischmann, professora laureada da USP, ex-professora do Mackenzie, na pg. J3. Ela disse que “Deus não freqüenta laboratório de ciência e pesquisador não é divindade”, por isso criacionismo não deveria ser ensinado. Ao posicionar-se contra o ensino do contraditório, ela se contradiz, pois colocou, sim, pesquisadores (ou pretensos) como divindades, com a palavra final, imutável e inquestionável. Esse artigo rendeu diversas "cartas de leitores" e até um editorial - do Jornal, que indicava a rejeição do criacionismo, mas apontava a legitimidade das escolas confessionais, na apresentação de suas convicções. Reinaldo Azevedo destroçou a posição da Roseli, em um post.

11. 2009, como ano em que se comemora 150 anos da publicação do livro a Origem das Espécies, de Darwin, trouxe renovado interesse sobre a questão e várias solicitações de entrevistas, nas escolas confessionais, por órgãos de imprensa.

12. Em 31.01.2009 começa a circular a VEJA No. 2098. Ela traz artigo ("Lembra-te de Darwin") do Sr. André Petry, conhecido por suas posições beligerantemente anti-evangélicas, atacando o criacionismo, ao qual chama de retrocesso, dizendo-se "assustado" com o ensino desse. O artigo provoca reações, mais uma vez, em vários blogs. Muitos a favor, divulgando-o, outros, contra.

B. Entrevista dada a órgão evangélico de imprensa denominacional (Janeiro de 2009).


A seguir, apresento as perguntas formuladas por uma jornalista e as respostas que dei sobre o assunto do ensino do criacionismo em escolas confessionais:

1 - P: É sabido que aula de ciências é aula de ciências e que aula de religião é aula de religião. Mas, na prática, principalmente nas escolas confessionais, as duas "matérias" parecem apontar para uma única direção, que é a do criacionismo. Em se tratando de uma sociedade democrática, não seria mais correto apresentar as duas teorias (criacionismo e evolucionismo) e deixar que, com base na fé e na razão, os alunos escolham qual delas lhes parece mais convincente?

R: É exatamente essa perspectiva ampla, de que existem alternativas de pensamento, que se procura oferecer com o ensino do criacionismo. Há mais de um século que o evolucionismo tem sido apresentado de forma monolítica, não apenas como uma teoria, mas como fato comprovado. Sob o suposto manto de “ciência objetiva”, a academia tem impedido que se mostrem as alternativas interpretativas aos achados da Ciência. Na aula de religião, em uma escola cristã, ensina-se sobre Deus, sobre seus feitos, sobre as implicações de sua existência na vida pessoal, no caráter, no convívio, nas ações. Nas demais matérias, e não é só em Ciências, uma escola Cristã deveria partir do pressuposto de que Deus existe. Essa é uma realidade básica que não deve ser sonegada aos alunos, pois partindo dela eles estão sendo realmente educados e não enganados em uma falsa realidade. Semelhantemente, a “escola secular” não é “neutra”. Ela parte, sim, do pressuposto naturalista de que Deus não existe, ou de que ele é irrelevante ao que está sendo ensinado. A partir disso ela constrói a sua cosmovisão, na qual o homem reina supremo e Deus é o grande ausente. O Deus compartimentalizado à aula de religião, não é o Deus da Bíblia, que interage com a criação. Isso não significa que se ensine religião, na aula de ciência. A ciência explora a natureza, atesta e é construída em cima de regularidades físicas e químicas, chamadas de “leis”, de um universo harmônico que procede de Deus. Estudar ciência nesse contexto, faz muita diferença positiva. Os alunos esperam regularidade, não se surpreendem ou se intrigam com ela. Aprendem, também, a separar os fenômenos repetíveis e verificáveis em laboratório, das ilações filosóficas e meramente interpretativas relacionadas com a origem da matéria, dos seres vivos e da própria humanidade. Por último, as escolas confessionais, ensinam, sim, o evolucionismo, com o qualificativo que é a teoria mais aceita no mundo científico e preparam seus alunos adequadamente para estarem versados sobre ela, ainda que com o qualificativo de que não confundam teoria com fatos.

2 - P: Evolucionistas e criacionistas concordam em alguma coisa? No quê?

R: Concordam. Os evolucionistas examinam as diversas espécies de seres vivos, incluindo o homem, e discernem algum paralelismo estrutural nelas. Chegam à conclusão de que descendem, portanto de um ancestral comum. Os criacionistas verificam que existe, sim, paralelismo estrutural em grande parte da criação. Conjugam isso com a verdade bíblica da existência de um Criador – ou seja, em vez de um ancestral comum, temos um Criador comum, com um plano mestre, que criou as espécies. Há concordância, portanto, na primeira parte da avaliação da natureza. É importante ressaltar que dentro do criacionismo existe uma diversidade de opiniões sobre o desenvolvimento e o tempo a partir da criação, mas o ponto comum é a crença no Deus Criador.

3 - P: Qual a orientação das escolas presbiterianas com relação ao ensino do criacionismo e do evolucionismo?

R: O criacionismo faz parte da cosmovisão cristã. A existência do Deus Criador é substanciada na Palavra de Deus, faz parte dos documentos históricos doutrinários da Igreja Presbiteriana (seus “Símbolos de Fé”). Para serem coerentes, as escolas presbiterianas não deveriam se furtar ao ensino do criacionismo. Ao mesmo tempo, como já afirmamos, é necessário ensinar aos alunos o que diz a teoria da evolução, pois ela faz parte do sistema que nos cerca e no qual estamos inseridos.

4 - P: Os evolucionistas defendem que o evolucionismo é derivado de uma teoria científica consagrada e amplamente comprovada em diversos setores da biologia e antropologia, que ele é um dos pilares das conquistas científicas modernas e que, por conta disto, deve ser ensinado nas escolas. Para eles o criacionismo não passa de uma hipótese, sem bases científicas que comprovem a sua teoria. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

R: O evolucionismo está muito mais para filosofia, do que para ciência verdadeira. Achar que só essa idéia encontra abrigo legítimo em aula de ciência é um grande erro, especialmente nas últimas décadas, onde grandes descobertas da micro-biologia apontam para falhas gritantes na teoria da evolução. Um grande número de cientistas tem abraçado a idéia do Intelligent Design (aportuguesado, no Brasil, para design inteligente). O surpreendente é que vários desses não são cristãos; uma grande parte é até evolucionista em alguns pontos. No entanto têm enxergado que a teoria de Darwin tem lacunas e falhas enormes. Foi formulada, e permanece quase com a sua estrutura original, em época onda nem havia a instrumentação, nem as condições para o desenvolvimento da micro-biologia. O olhar de Darwin era para as coisas externas; o olhar da ciência biológica das décadas passadas, é para as estruturas internas. Elas se apresentam cada vez mais complexas do que se imaginava anteriormente e, ao mesmo, tempo, mais regulares na codificação que aponta para uma inteligência, em sua formação. É incrível como alguns autores, supostamente científicos, como o jornalista Marcelo Leite (Folha de São Paulo, 30.12.2008, no Caderno +!) dizem, sobre o DNA, que “Os primeiros seres vivos da Terra ‘inventaram’ essa maneira de transmitir caracterís­ticas de uma geração a outra, há cerca de 4 bilhões de anos, e ela se perpetuou desde então”! Ou seja, para o evolucionista, é mais fácil acreditar nessa falácia, do que na existência de um Criador Inteligente. Persistir somente com o ensino do evolucionismo, cerrando os olhos, os ouvidos e a boca às outras evidências, é um grande erro, é deseducar.

5 - P: O senhor acha que, um dia, essa discussão sobre "quem tem razão" a respeito da criação do mundo terá fim?

R: Para quem aceita a Palavra de Deus como escritura inspirada, proveniente do próprio Deus, através de autores humanos que foram preservados de erro, em seus registros, a questão já deveria estar resolvida. Deus criou, e ponto final. Para o homem natural, que não aceita a revelação de Deus, ele sempre estará a procura de explicações que excluam o próprio Deus da equação. Como ele teima em viver em metade da realidade, as suas equações sempre terão mais incógnitas do que sua capacidade de resolvê-las. Creio que a ciência irá descobrindo, mais e mais, evidências que dificultarão a ampla aceitação da evolução, como já é visto nos dias de hoje.

6 - P: Qual o papel do educador cristão diante dessas teorias?

R: O educador cristão luta com muitas dificuldades. Uma delas é a carência de material didático. É exatamente isso o que está se procurando suprir com o Sistema Mackenzie de Ensino que tem sido desenvolvido, no Mackenzie, desde 2005. Em 2009, os livros atingirão já o 5º. ano do ensino fundamental, começando com a pré-escola (Maternal, Jardim I e Jardim II). O material de ciências é uma “joint venture” com a ACSI (Associação Internacional de Escolas Cristãs) que foi traduzido e adaptado para as condições brasileiras. Os demais livros e matérias, também refletem a realidade de Deus; partem da pressuposição da divindade e não escondem essa verdade das crianças; mostram a diferença entre os sexos, a partir da criação; defendem o valor da família, e vários outros pilares que hoje são execrados e contestados pela sociedade pagã. A outra dificuldade, é a pressão para respeitabilidade social e corporativa. Eles são pressionados a aceitar a evolução, pois “todos pensam assim”. É preciso coragem e a percepção de que abraçar o criacionismo, nada mais é do que levar a Bíblia a sério e aplicar as verdades da Palavra ao todo da nossa vida. Quando ele encontra uma escola que dá o respaldo institucional a essa postura, obtém uma possibilidade de trabalho consciente e de realização pessoal, educando no sentido real do termo.


Solano Portela
Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A máscara que se chama Rosto

Por Robson Neves

Da mesma forma que na obra Mona Lisa não transparece o que realmente ela estava sentindo naquele momento, nos fazendo somente viajar em pensamentos vazios e até mesmo de curiosidade, assim nós podemos contemplar uma sociedade inteira de "Mona Lisas".

Quando passamos pelas ruas nos deparamos com centenas de pessoas que nunca vimos, e quantas vezes não arriscamos dar palpite em nossos pensamentos acerca do estado emocional de uma ou de outra vítima que passa aos nossos olhares. Olhamos uma pessoa sorridente e acreditamos que tudo vai bem na vida dela, encontramos uma outra um pouco mais séria e de repente julgamos que esta deve ter um problema grave. Mas na verdade vivemos em um constante baile de mascarados onde dificilmente saberemos quem está por trás e o que se passa nos pensamentos de todos que cruzam os nossos caminhos, e tudo porque as pessoas nunca deixarão de usar suas máscaras que se chamam Rosto.


Pr. Robson Neves
IDPB - São Paulo - SP - Vila Continental


Ao meu irmão e amigo Robson, meus sinceros parabéns! Que nesta sua nova caminhada o Senhor te ilumine e fortaleça. Que o Bacharelado em Teologia venha enriquecê-lo muito, solidificando a sua fé. Que o Senhor te faça um vaso transbordante e um grande instrumento (não em fama, mas em dedicação) no Seu Reino. Certamente nós, Igreja de Deus, nos beneficiaremos muito com esta sua vitória. Que o Senhor te faça triunfante! Parabéns! Que Deus o abençoe mais e mais!

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um homem no buraco

Esse vídeo eu assisti no Blog Influenciando Gerações do Pr. Alexandre Farias. É um vídeo muito bom. Confiram e comentem!!!



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